FERNANDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começa seu mandato com um apoio formal muito menor do que o seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), teve no início de seus dois mandatos.
O Congresso que tomou posse no último sábado tem uma bancada governista de 254 deputados (49,51% do total) e 31 senadores (38,27% do total).
Quando FHC começou seu primeiro mandato, em 1995, tinha na sua base de apoio formal 377 deputados (73,49%) e 67 senadores (82,71%) -as bancadas que tomaram posse em fevereiro daquele ano. No início do segundo mandato, em 1999, o tucano conseguiu obter números ainda mais expressivos: 379 deputados e 70 senadores.
O Palácio do Planalto acredita, porém, que vai obter, no mínimo, de 30% a 40% dos votos das bancadas de oposição -o que deve aumentar sua base de 254 para algo em torno de 329 a 355 deputados. A principal estratégia do governo é trazer, no futuro, o PMDB para a base aliada.
Esta base aliada de Lula, por enquanto, é composta a partir de 13 partidos que elegeram deputados e/ou senadores em 6 de outubro passado: PT, PL, PSB, PDT, PPS, PC do B, PV, PMN, PSD, PST, PSL, PSDC e PTB.
Desses, o PSD se fundiu com o PTB e não existe mais. PST e PSDC perderam seus deputados e não têm mais bancada no Congresso. A base de apoio de 254 deputados do Palácio do Planalto é composta, portanto, por dez partidos na Câmara. O PT é a sigla com o maior número de cadeiras da Casa: 91.
No Senado, os 31 senadores da base governista do presidente Lula pertencem a seis siglas: PT (14 cadeiras), PDT (4), PSB (3), PL (3), PPS (3) e PTB (4).
Fazem parte da oposição ao governo quatro siglas: PFL, PMDB, PSDB e PPB. Juntas, têm 252 deputados (49,12% do total) e 50 senadores (61,73%).
Há ainda dois partidos tidos como independentes no Congresso: Prona (seis deputados) e PSC (1 deputado).


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