da Reportagem Local

Dados fornecidos pela Secretaria Geral da Mesa da Câmara indicam que, dos 16 deputados que pediram transferência de partido entre o dia 29 de janeiro e 1º de fevereiro, 8 são evangélicos.
Entre eles, o maior número de alterações -sete-ocorreu na bancada eleita pela Igreja Universal do Reino de Deus.
Saídos de partidos como o PSDB, PMDB, PFL, PTB e Prona, quatro dos deputados ligados à igreja se filiaram ao PST, e três, ao PL.
Único membro da lista ligado à Assembléia de Deus, Silas Câmara (AM) fez o caminho inverso, deixando o PL para se juntar ao PFL.
"Quem comanda os evangélicos da Universal é o bispo Rodrigues (coordenador político da igreja). Como ele veio para o PL, outros vieram também", declarou Valdemar Costa Neto, vice-presidente da legenda.
Segundo Neto, parte dos membros da igreja se filiou ao PST devido ao projeto político da Universal. "O PST é um partido menor e mais fácil de controlar. Aqui já há lideranças estabelecidas. Mas a presença do bispo Rodrigues no PL indica também que eles querem fazer parte de um time."
Já o presidente do PST, Marcílio Duarte, afirmou que os novos filiados à legenda receberão a presidência estadual do partido em seus respectivos Estados.
Juntamente com PMN, PSL, PSC e PSD, os dois partidos formaram um bloco na Câmara que promete independência em relação ao governo federal.
"Até 2002, pode até haver uma fusão entre PL e PST. Esse é o caminho natural", disse Neto.



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