São Paulo, domingo, 03 de março de 2002

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"Somos julgados por resultados"

Folha - A pesquisa Sensus, uma das primeiras a detectar a subida de Roseana Sarney, é paga pela Confederação Nacional dos Transportes, cujo presidente dirige o PFL de Minas.
Ricardo Guedes -
Classifico como absurda a suspeita de manipulação do levantamento por ser o Clesio Andrade do partido da governadora. Veja por exemplo a pesquisa mais recente. Os números são os mesmos do Datafolha. A cada eleição, os institutos são julgados por seus resultados. Quem acerta fica; quem erra sai.

Folha - Em mais de uma ocasião, o campo da pesquisa Sensus foi feito logo depois dos programas de TV de Roseana. Tal prática não interfere nos resultados?
Guedes -
Não acredito muito nessa visão estritamente marqueteira da pesquisa. O candidato, para subir, precisa ter algum tipo de substância. Vale lembrar que, desta vez, entramos em campo logo depois de José Serra lançar sua candidatura e obter enorme exposição na mídia. Ocorre que ele subiu apenas dois pontos percentuais.

Folha - Em 2001, o Sensus recebeu críticas por um questionário em que o entrevistado, além de declarar intenção de voto, opinava sobre temas como o escândalo do jogo do bicho no Rio Grande do Sul e o racionamento. O sr. concorda com a avaliação de que tais perguntas, incômodas respectivamente para o PT e para o governo federal, induziriam à preferência por Roseana?
Guedes -
No referido questionário, as questões conjunturais vêm depois das eleitorais. E, assim como aconteceu agora, o Datafolha confirmou os nossos resultados.


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