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Assessor de Dirceu nega que vá deixar o governo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O chefe da assessoria especial da
Casa Civil, Marcelo Sereno, 45,
afirmou ontem que está sendo vítima de uma campanha de "difamação". Ele também negou sua
saída do governo.
"Continuo exercendo minha
posição de chefe da Assessoria Especial da Casa Civil e não tenho,
em nenhum momento, planos de
deixar o cargo", disse ele à Folha
por e-mail. Assessores do Palácio
do Planalto afirmam que o objetivo dessa suposta campanha contra Sereno é atingir o ministro José Dirceu (Casa Civil).
Reservadamente, porém, eles
dão como certa a saída de Sereno
do governo. Dizem que ele só não
sai imediatamente porque o objetivo do governo é acalmar o clima
político. A saída de Sereno poderia ter um efeito contrário.
Na semana passada, o ex-secretário nacional de Segurança Pública Luiz Eduardo Soares afirmou, em entrevista ao site AOL,
que alertou Sereno, em 2002, sobre as atividades irregulares de
Waldomiro Diniz, ex-assessor de
José Dirceu. Na época, Waldomiro era presidente da Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro).
Sereno nega a história.
Ele, que é filiado ao PT, foi designado por Dirceu para monitorar as indicações feitas pelos partidos da base aliada para cargos
no governo, logo depois da posse
de Lula, em janeiro de 2003.
Sereno não respondeu às perguntas feitas pela Folha sobre a
relação entre ele Waldomiro. Sua
assessoria de imprensa informou
apenas que os dois "nunca foram
amigos".
Sereno terminou o e-mail enviado à Folha com a seguinte frase: "Tenho uma história de conduta irrepreensível nos mais de 20
anos em que milito no Partido
dos Trabalhadores. Espero, com
isso, encerrar o assunto".
(GABRIELA ATHIAS)
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