São Paulo, quarta-feira, 03 de março de 2004

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Assessor de Dirceu nega que vá deixar o governo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O chefe da assessoria especial da Casa Civil, Marcelo Sereno, 45, afirmou ontem que está sendo vítima de uma campanha de "difamação". Ele também negou sua saída do governo.
"Continuo exercendo minha posição de chefe da Assessoria Especial da Casa Civil e não tenho, em nenhum momento, planos de deixar o cargo", disse ele à Folha por e-mail. Assessores do Palácio do Planalto afirmam que o objetivo dessa suposta campanha contra Sereno é atingir o ministro José Dirceu (Casa Civil).
Reservadamente, porém, eles dão como certa a saída de Sereno do governo. Dizem que ele só não sai imediatamente porque o objetivo do governo é acalmar o clima político. A saída de Sereno poderia ter um efeito contrário.
Na semana passada, o ex-secretário nacional de Segurança Pública Luiz Eduardo Soares afirmou, em entrevista ao site AOL, que alertou Sereno, em 2002, sobre as atividades irregulares de Waldomiro Diniz, ex-assessor de José Dirceu. Na época, Waldomiro era presidente da Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro). Sereno nega a história.
Ele, que é filiado ao PT, foi designado por Dirceu para monitorar as indicações feitas pelos partidos da base aliada para cargos no governo, logo depois da posse de Lula, em janeiro de 2003.
Sereno não respondeu às perguntas feitas pela Folha sobre a relação entre ele Waldomiro. Sua assessoria de imprensa informou apenas que os dois "nunca foram amigos".
Sereno terminou o e-mail enviado à Folha com a seguinte frase: "Tenho uma história de conduta irrepreensível nos mais de 20 anos em que milito no Partido dos Trabalhadores. Espero, com isso, encerrar o assunto".
(GABRIELA ATHIAS)


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