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CONTAS PÚBLICAS
Ministro culpa governadores, a Previdência Social e municípios por déficit
Malan pedirá explicações a Estados
da Sucursal do Rio
O ministro da Fazenda, Pedro
Malan, disse ontem que irá fazer
reuniões individuais com governadores para saber o que fez com
que as unidades da Federação aumentassem seus déficits no final
do ano passado.
Malan disse que os Estados, municípios e a Previdência Social foram os principais responsáveis pelo déficit público de 5,89% do PIB
(Produto Interno Bruto) registrado em 1997. O PIB mede a soma
das riquezas produzidas pelo país.
Malan considerou o déficit "inaceitável", mas disse que ele não está fora de controle como, segundo
o ministro, consideraram alguns
analistas.
Sobre as reuniões individuais
com os governadores, o ministro
disse que elas serão feitas com os
24 Estados com os quais o governo
federal mantém convênios de assessoramento fiscal.
Malan procurou dar um tom de
normalidade aos encontros, que
ainda não têm datas marcadas. Ele
disse que faz regularmente reuniões com os governadores para
discutir problemas fiscais e que as
reuniões para discutir o déficit estão dentro dessa rotina.
Em palestra feita na ACRJ (Associação Comercial do Rio de Janeiro), Malan disse que, se as contas
públicas fossem apenas as do Tesouro Nacional, elas teriam apresentado um superávit primário de
0,82% do PIB.
"O que se deteriorou foram os
números da Previdência, Estados
e municípios", disse Malan. Em
relação à Previdência, disse que a
solução está na reforma, em fase
final de votação na Câmara.
O Brasil no Real
Antes de participar de um almoço em sua homenagem na ACRJ,
Malan teve uma reunião, no mesmo local, com representantes de
27 associações comerciais de todo
o Brasil.
A reunião foi para discutir uma
proposta da ACRJ de se fazer uma
campanha a favor do real a partir
de julho deste ano.
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