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Jarbas recorre a
apelo no Estado
para desistir
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
O governador de Pernambuco,
Jarbas Vasconcelos (PMDB),
anunciou ontem que não será o
vice na chapa do pré-candidato
do PSDB à Presidência, José Serra.
A decisão foi tomada para evitar
a implosão de sua base política no
Estado, formada por PMDB, PFL,
PSDB e PPB, e também porque
Jarbas não vislumbrava uma estrutura de apoio confiável no seu
partido em termos nacionais.
Mas, em nota oficial, o governador diz que recusou o convite por
entender que, agora, "a melhor
forma de servir ao Brasil e a Pernambuco" seria "acatar a manifestação da maioria dos pernambucanos" e ficar em seu Estado.
A nota diz que ele pode se candidatar à reeleição, hipótese que
havia descartado nove dias atrás.
Na época, Jarbas já enfrentava
fortes pressões dos aliados para
que permanecesse no cargo. Sua
saída era considerada "um risco"
para que a oposição retomasse o
poder, perdido em 1998 com a
derrota de Miguel Arraes (PSB)
para o atual governador.
A resistência partia principalmente do PSDB local, que não
aceitava a idéia de apoiar o vice-governador, José Mendonça Filho
(PFL), tido como "candidato natural" da coligação governista.
Havia também resistências no
PPB e em setores do PMDB.
Como condição para aceitar o
convite de Serra, o governador
impôs que, além da manutenção
da coligação no Estado, era preciso haver uma base sólida de apoio
no seu partido, capaz de impedir
manobras dos grupos contrários
à aliança com os tucanos.
Com dificuldades para contornar os dois problemas, Jarbas
procurou ajuda na cúpula do
PMDB e até com o presidente Fernando Henrique Cardoso, que
apoiava a chapa.
(FÁBIO GUIBU)
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