São Paulo, quarta-feira, 03 de abril de 2002

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Jarbas recorre a apelo no Estado para desistir

DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

O governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB), anunciou ontem que não será o vice na chapa do pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra.
A decisão foi tomada para evitar a implosão de sua base política no Estado, formada por PMDB, PFL, PSDB e PPB, e também porque Jarbas não vislumbrava uma estrutura de apoio confiável no seu partido em termos nacionais.
Mas, em nota oficial, o governador diz que recusou o convite por entender que, agora, "a melhor forma de servir ao Brasil e a Pernambuco" seria "acatar a manifestação da maioria dos pernambucanos" e ficar em seu Estado.
A nota diz que ele pode se candidatar à reeleição, hipótese que havia descartado nove dias atrás.
Na época, Jarbas já enfrentava fortes pressões dos aliados para que permanecesse no cargo. Sua saída era considerada "um risco" para que a oposição retomasse o poder, perdido em 1998 com a derrota de Miguel Arraes (PSB) para o atual governador.
A resistência partia principalmente do PSDB local, que não aceitava a idéia de apoiar o vice-governador, José Mendonça Filho (PFL), tido como "candidato natural" da coligação governista. Havia também resistências no PPB e em setores do PMDB.
Como condição para aceitar o convite de Serra, o governador impôs que, além da manutenção da coligação no Estado, era preciso haver uma base sólida de apoio no seu partido, capaz de impedir manobras dos grupos contrários à aliança com os tucanos.
Com dificuldades para contornar os dois problemas, Jarbas procurou ajuda na cúpula do PMDB e até com o presidente Fernando Henrique Cardoso, que apoiava a chapa. (FÁBIO GUIBU)



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