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CONTAS PÚBLICAS
Secretário nega relação com eleições
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar do esforço fiscal imposto pelo tamanho da dívida do Estado, o secretário de Fazenda do
governo Geraldo Alckmin
(PSDB), Eduardo Guardia, nega
que, com medidas como venda de
ações ou do controle acionário de
empresas, a intenção do governo
seja a de aliviar o cofre do Estado.
O secretário também rechaça
que essa seja uma tentativa de garantir investimentos com a proximidade das eleições, já que, segundo levantamento do PT, o total de recursos do Estado nesses
projetos tem caído.
"Isso não tem nada a ver com
eleição. Eleição tem a cada quatro
anos. Na verdade dois, e o Estado
todo ano faz investimento. O Estado está ajustado, está controlando despesa de custeio, não está
aumentando impostos. A gente
quer investir cada vez mais", afirmou Guardia.
Nossa Caixa
Ao falar especificamente do
Banco Nossa Caixa, o secretário
afirma que "não é uma preocupação apenas fiscal", mas de "fortalecimento e modernização da instituição". A idéia, segundo o diretor de Finanças da Nossa Caixa,
Rubens Sadenberb, é fazer uma
"blindagem".
"Nossa convicção é que, se for
feita a abertura de capital, o banco
estará mais protegido no futuro
de eventuais aventuras políticas
ou de má gestão", argumentou
Sadenberb.
O banco, diz Guardia, "é gerido
comercialmente. Não existe nenhuma utilização do banco como
instrumento de política do tesouro e do Estado de São Paulo".
Guardia admite que, a exemplo
da Nossa Caixa (que lançou US$
100 milhões de eurobonds no
mercado internacional), a Companhia Paulista de Parcerias está
fora dos limites de endividamento fixados para o Estado.
"Pode contrair empréstimo. Ela
é líquida. Não tem passivo nenhum e tem R$ 600 milhões em
caixa", afirmou.
Mas diz que essa não é a intenção do atual governo. Guardia
afirma que as operações realizadas por empresas do Estado
-como a emissão de debêntures
da Sabesp- não são regidas pelo
interesse do governador Geraldo
Alckmin (PSDB). Mas da estratégia de cada uma delas.
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