|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
EQUIPE
Marido de Marta Suplicy vai receber R$ 6.300 por mês
Favre é nomeado pelo governo e será assessor especial de Gushiken
ANDRÉA MICHAEL
DA SUCURSAL BRASÍLIA
Foi publicada ontem, no "Diário Oficial", a nomeação de Luís
Favre, 53, marido da prefeita de
São Paulo, Marta Suplicy, como
assessor especial na Subchefia de
Assuntos Federativos da Casa Civil da Presidência da República.
O "DO" registra o assessor como Felipe Belisário Wermus Dit
Luis Favre, nome adotado por ele
e que adiciona seu pseudônimo.
Favre irá receber R$ 6.300 mensais, valor que corresponde à segunda maior faixa salarial de funcionário comissionado (DAS
102.5) do governo federal.
Apesar de nomeado pela Casa
Civil, Favre vai trabalhar com o
ministro Luiz Gushiken, da Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da Presidência, na área de relações internacionais do governo.
A Casa Civil informou, por
meio de sua assessoria de imprensa, que esse caminho foi adotado
porque não havia, na pasta de
Gushiken, uma vaga de DAS. Assim que surgir uma disponibilidade, Favre será formalmente
transferido da Casa Civil.
Logo depois da posse de Luiz
Inácio Lula da Silva, a primeira
idéia foi nomear Favre para a área
de relações internacionais do Ministério da Fazenda.
Antigo colaborador do partido
e amigo de Lula, Favre é um nome
polêmico entre as estrelas petistas, que reconhecem sua competência, mas fazem ponderações
sobre sua contratação formal
-principalmente para evitar o
carimbo de nepotistas.
Nascido na Argentina e desde
os 23 anos com cidadania francesa, Favre só pode ser contratado
porque no dia 6 de março o Ministério da Justiça concedeu seu
visto de permanência em definitivo no Brasil. O processo começara a tramitar em dezembro.
Na campanha presidencial, Favre ficou responsável pela interface entre o partido e a equipe do
publicitário Duda Mendonça.
Pesquisas internas da prefeitura
revelam que o relacionamento
com Favre é um dos principais fatores que impactam negativamente a popularidade da prefeita.
O nome de Favre foi citado no
depoimento de um estelionatário
em inquérito policial sobre a viação de ônibus paulistana Cidade
Tiradentes. Segundo Gelson Camargo dos Santos, o marido de
Marta seria "padrinho" de um esquema que envolve empresas de
ônibus e administração municipal. E teria recebido US$ 300 mil
para uma "caixinha".
Favre não respondeu ao recado
deixado pela Folha na caixa postal de seu celular, ontem.
Texto Anterior: Radicais: Helena diz que PT terá de "rasgar seu estatuto" se quiser expulsá-la Próximo Texto: Fogo amigo: Economista do PT ameniza o tom, mas critica política econômica Índice
|