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RUMO ÀS ELEIÇÕES
Candidato do PSB se diz vítima de "ataque especulativo" e nega que vá renunciar à disputa eleitoral
Garotinho admite revés e culpa governo e PT
MURILO FIUZA DE MELO
DA SUCURSAL DO RIO
O candidato do PSB à Presidência, Anthony Garotinho, admitiu
ontem que sua campanha "sofreu
um revés" nos últimos dias em razão de informações de que poderia renunciar à disputa eleitoral, e
culpou o governo federal e o PT.
"Neste momento a minha candidatura foi atingida por um ataque especulativo. A campanha sofreu um revés grande de opinião
pública. Imagina 5.000 rádios no
Brasil inteiro dizendo que o Garotinho desistiu. É lógico que isso
vai refletir nas pesquisas", disse.
Garotinho disse que ainda não
conseguiu medir o prejuízo que a
informação poderá provocar em
sua candidatura. Preocupado,
acompanhou a mulher Rosângela
Matheus, candidata do PSB ao governo do Rio, em caminhada por
ruas de Duque de Caxias e de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense: "Queria sentir o clima das ruas
e percebi que o povo me apóia".
Apesar da lei que só permite
campanha a partir de sábado, assessores de Rosinha distribuíram,
durante a caminhada, panfletos
que traziam a foto do casal e no
verso a frase "Um beijo no coração", assinado por "Rosinha Garotinho", como eleitoralmente a
ex-primeira-dama é conhecida.
Para o presidenciável, o panfleto não significa propaganda eleitoral ilegal. "Não tem número
nem o nome do partido", disse. A
assessoria de imprensa de Garotinho informou que o material é sobra da convenção nacional do
PSB, ocorrida no último dia 10.
Garotinho contou ter percebido
que a "situação estava grave" na
campanha quando visitava o Maranhão, na semana passada, e
soube que um jornal local tinha
feito uma pesquisa com os leitores para saber se ele deveria ou
não continuar candidato.
"Eu atribuo esse ataque especulativo à minha candidatura ao governo federal. Ele aconteceu justamente no momento em que eu estava encostando no Serra, disse.
Garotinho disse ainda que teve informações que sua suposta renúncia teria sido anunciada na
convenção nacional do PT, no último fim de semana.
Ele negou que o PSB tenha lançado candidatos "laranjas" apenas para lhe garantir palanques
regionais. Dos 27 Estados, o partido terá candidatos em 25. Em Sergipe e Acre, o partido apoiará o
PT em coligação branca. Segundo
Garotinho, o PSB tem chances de
vencer em nove Estados e condições de disputa em outros 13.
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