São Paulo, quarta-feira, 03 de julho de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

RUMO ÀS ELEIÇÕES

Candidato do PSB se diz vítima de "ataque especulativo" e nega que vá renunciar à disputa eleitoral

Garotinho admite revés e culpa governo e PT

MURILO FIUZA DE MELO
DA SUCURSAL DO RIO

O candidato do PSB à Presidência, Anthony Garotinho, admitiu ontem que sua campanha "sofreu um revés" nos últimos dias em razão de informações de que poderia renunciar à disputa eleitoral, e culpou o governo federal e o PT.
"Neste momento a minha candidatura foi atingida por um ataque especulativo. A campanha sofreu um revés grande de opinião pública. Imagina 5.000 rádios no Brasil inteiro dizendo que o Garotinho desistiu. É lógico que isso vai refletir nas pesquisas", disse.
Garotinho disse que ainda não conseguiu medir o prejuízo que a informação poderá provocar em sua candidatura. Preocupado, acompanhou a mulher Rosângela Matheus, candidata do PSB ao governo do Rio, em caminhada por ruas de Duque de Caxias e de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense: "Queria sentir o clima das ruas e percebi que o povo me apóia".
Apesar da lei que só permite campanha a partir de sábado, assessores de Rosinha distribuíram, durante a caminhada, panfletos que traziam a foto do casal e no verso a frase "Um beijo no coração", assinado por "Rosinha Garotinho", como eleitoralmente a ex-primeira-dama é conhecida.
Para o presidenciável, o panfleto não significa propaganda eleitoral ilegal. "Não tem número nem o nome do partido", disse. A assessoria de imprensa de Garotinho informou que o material é sobra da convenção nacional do PSB, ocorrida no último dia 10.
Garotinho contou ter percebido que a "situação estava grave" na campanha quando visitava o Maranhão, na semana passada, e soube que um jornal local tinha feito uma pesquisa com os leitores para saber se ele deveria ou não continuar candidato.
"Eu atribuo esse ataque especulativo à minha candidatura ao governo federal. Ele aconteceu justamente no momento em que eu estava encostando no Serra, disse. Garotinho disse ainda que teve informações que sua suposta renúncia teria sido anunciada na convenção nacional do PT, no último fim de semana.
Ele negou que o PSB tenha lançado candidatos "laranjas" apenas para lhe garantir palanques regionais. Dos 27 Estados, o partido terá candidatos em 25. Em Sergipe e Acre, o partido apoiará o PT em coligação branca. Segundo Garotinho, o PSB tem chances de vencer em nove Estados e condições de disputa em outros 13.



Texto Anterior: Elio Gaspari: Mensagem de jk@peixevivo.org.br
Próximo Texto: Ex-governador faz propaganda ilegal em rádio
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.