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PT aceita trocar senadora em Alagoas
DO ENVIADO A SALVADOR
A direção nacional do PT não
acredita mais em uma reconciliação com sua pré-candidata ao governo de Alagoas, Heloisa Helena,
e se diz pronta a substituí-la. Mas
só o fará se houver um pedido explícito vindo do diretório alagoano do partido.
Heloisa não aceita decisão do
diretório nacional petista, que,
por margem apertada, impôs a
coligação com o PL na última sexta-feira. A senadora diz que o PL é
formado no Estado por "usineiro
e colloridos".
O PT já enviou ao TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) ata registrando a decisão do diretório nacional
que obriga a coligação com o PL
em Alagoas.
"Devo receber a ata registrada
de volta da Justiça nos próximos
dias. A coligação com o PL está
feita. Se a senadora não aceitar e
renunciar à sua candidatura, poderá ocorrer substituição", disse o
secretário nacional de Organização do PT, Silvio Pereira.
A pré-candidata está irredutível, e o PT nacional também. A
coligação em Alagoas foi uma das
promessas feitas pelos petistas ao
PL como forma de garantir o senador mineiro José Alencar como
vice na chapa encabeçada por
Luiz Inácio Lula da Silva.
O PL ameaçava não fechar a coligação nacional com o PT caso alguns apoios regionais não fossem
garantidos pelos petistas. O acordo foi selado no mês passado.
Substituição
Havendo a renúncia por parte
de Heloisa Helena -cenário que
os petistas apresentam como
mais provável-, haveria um prazo de dez dias para substituir o
nome.
"Isso ocorrerá somente se o diretório estadual assim quiser. Caso contrário, não teremos candidato ao governo alagoano", diz
Pereira.
No caso de substituição, o nome
mais cotado para a vaga seria o de
Judson Cabral, atual pré-candidato ao Senado.
Reservadamente, petistas acreditam que Heloisa Helena na verdade busca um pretexto para desistir, por avaliar que são escassas
suas chances eleitorais -principalmente pelo fato de o ex-presidente Fernando Collor estar disputando a eleição.
(FZ)
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