|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Extinção das concessões é improvável
DA SUCURSAL DO RIO
Advogados ouvidos pela
Folha avaliam que é muito
improvável que o Congresso
venha a rejeitar a renovação
de concessões de rádios e
TVs, apesar de o presidente
da Comissão de Ciência e
Tecnologia da Câmara, Vic
Pires (PFL-PA) ter ensaiado
um passo nesse sentido.
A Constituição protege as
concessões. O artigo 223 diz
que a não-renovação das outorgas requer aprovação de
pelo menos dois quintos do
Congresso, com votação nominal, e muitos políticos são
radiodifusores. A paralisação
de processos na Câmara, por
falta de documentos, tornou-se um problema a partir de
1999, quando uma resolução
da Câmara tornou obrigatória a apresentação de certidões de inexistência de débitos com o fisco, INSS e FGTS.
Até então só havia a exigência do Ministério das Comunicações para que apresentassem um laudo técnico
e comprovante da contribuição sindical dos empregados.
Segundo os advogados, a
legislação permite que as
emissoras continuem funcionando depois de ultrapassado o prazo das concessões
desde que tenham apresentado o pedido de renovação
da outorga no prazo legal, e
com a documentação exigida. Empresas que iniciaram
a renovação antes de 99 se viram obrigadas a comprovar
que não estavam em débito.
Como muitas estão endividadas, os processos foram
sendo engavetados.
(EL)
Texto Anterior: Manobra de Lula salva 225 rádios e TVs do fechamento Próximo Texto: Ministro diz que evita julgamento político Índice
|