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Em reunião, partidos governistas descartam votação de pacote ético
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os partidos governistas reagiram negativamente à proposta do
presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), de votar o pacote
ético. Os líderes reunidos ontem
descartaram a votação de projetos
que restringem privilégios de deputados e senadores.
Apesar da resistência, Aécio disse que vai incluir os projetos na
pauta de votação deste semestre.
Apenas uma proposta recebeu sinal verde dos líderes: a que cria o
Código de Ética Parlamentar. O
projeto entrará na pauta de discussão da semana que vem e poderá ser votado em 15 dias.
A proposta central do pacote
ético, a limitação da imunidade
parlamentar, foi condenada pela
maioria dos líderes na reunião.
Sob o argumento de que não ouviram a opinião das bancadas, os
líderes pediram mais tempo para
discutir o projeto.
Os congressistas dizem que a limitação da imunidade vai enfraquecer o mandato de deputados e
senadores. O projeto restringe a
imunidade a opiniões, votos e
atos inerentes ao exercício do
mandato. Atualmente, o STF (Supremo Tribunal Federal) precisa
de autorização da Câmara ou do
Senado para processar deputados
e senadores por qualquer crime.
"O projeto morreu", afirmou o
líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE). Ele disse ser a favor da votação do projeto.
Diante da reação desfavorável,
restou a Aécio criar um grupo informal para dar uma última versão ao texto, que espera votação
pelo plenário desde 1998.
A proposta suspende o sigilo
bancário dos detentores de mandato não chegou sequer a ser discutida na reunião de líderes.
Aécio disse que o projeto vai ser
tratado dentro da comissão especial que analisa a regulamentação
do sistema financeiro nacional. O
que, na prática, limita a possibilidade de votação neste ano.
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