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CNBB afirma que se "confundiu" sobre acordo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O secretário-nacional da CNBB
(Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil), dom Raymundo Damasceno, disse ontem que se confundiu ao anunciar, ao final da
reunião de domingo, que o governo havia concordado em liberar
R$ 2.000 de crédito para 110 mil
famílias com juros anuais de 2% e
rebate (desconto) de 40% do total
da dívida na hora do pagamento.
"Eu me confundi naquele tumulto da saída. Foram apresentados muitos números e depois de
duas horas de reunião eu me confundi", afirmou ontem à tarde.
Na noite de domingo, dom Raymundo se reuniu durante duas
horas no Palácio da Alvorada com
o presidente Fernando Henrique
Cardoso, o vice-presidente Marco
Maciel e o ministro Raul Jungmann (Desenvolvimento Agrário). Ao final do encontro, falou
com os jornalistas que estavam de
plantão na porta do Alvorada.
Pela manhã, Jungmann convocou uma coletiva para esclarecer a
proposta apresentada pelo governo durante a reunião: bônus de
R$ 40 para o assentado que pegar
um empréstimo de R$ 2.000 nas
condições da linha C do Pronaf,
que tem juros de 4% ao ano e rebate fixo de R$ 200.
O secretário-nacional da CNBB
disse que não houve avanço na
proposta em relação ao crédito
para as 110 mil famílias assentadas. Na próxima segunda-feira, a
CNBB, a OAB e o Conic vão se
reunir para avaliar a proposta.
Dom Raymundo disse que houve "um pequeno avanço" em relação à data limite, fixada no dia 20
de outubro, para a liberação de
crédito para os assentados que
aceitarem o empréstimos nas
condições da linha C do Pronaf.
Gilberto Portes, um dos líderes
do MST, disse que a fixação da data não significa avanço. "Queremos garantias para conseguir o
empréstimo", afirmou. Ele disse
que a proposta do bônus de adimplência chegou a ser levantada na
reunião da última terça-feira na
CNBB mas não foi detalhada.
FRASE
Me confundi naquele
tumulto da saída. Foram apresentados muitos números e depois de
duas horas de reunião
eu me confundi
DOM RAYMUNDO DAMASCENO
secretário-nacional da CNBB
explicando por que disse que o governo havia concordado em liberar
R$ 2.000 de crédito para 110 mil famílias com juros anuais de 2% e rebate (desconto) de 40% do total da
dívida na hora do pagamento
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