São Paulo, terça-feira, 03 de outubro de 2000

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NARCOTRÁFICO

Deputados de comissão que investigou crime organizado perderam

Acusados por CPI vencem eleição

EDUARDO SCOLESE
DA AGÊNCIA FOLHA

DÉCIO SÁ
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA

As eleições trouxeram resultados diferentes para acusados e integrantes da CPI do Narcotráfico. Oito candidatos acusados pela comissão de envolvimento com o crime organizado foram eleitos. Já os seis deputados integrantes da CPI que se candidataram sofreram derrotas nas urnas.
Em todos os casos, os acusados negaram em entrevistas recentes envolvimento com o narcotráfico. Eles afirmam que as acusações eram "políticas" e que foram perseguidos na época. As eleições mostraram, segundo eles disseram durante as campanhas, que a população não se deixou influenciar pelas acusações.
Os oito acusados venceram eleições em municípios no Maranhão, Amapá e Pará. No Maranhão, cinco acusados foram eleitos, após serem presos e algemados durante sessões da CPI do Narcotráfico e do Crime Organizado da Assembléia Legislativa do Estado no ano passado.
Em Amapá do Maranhão, por exemplo, Aveny Andrade Pacheco (PSDB) foi eleito com 66,96% dos votos, após ter ficado preso 29 dias, em 99, por acusação de receptação de cargas roubadas.

Integrantes da CPI
Já os deputados integrantes da CPI não conseguiram se eleger. O relator da comissão, Moroni Torgan (PFL), ficou em terceiro lugar nas eleições à Prefeitura de Fortaleza (CE), com 18,10% dos votos válidos, enquanto Celso Russomanno (PPB), terceiro vice-presidente da comissão da Câmara, foi o segundo mais votado em Santo André (SP), com 22,44%.
No segundo maior colégio eleitoral do Maranhão, em Imperatriz, Sebastião Madeira (PSDB), que também participou da comissão no Estado, ficou em terceiro.



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