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São Paulo, sexta-feira, 03 de outubro de 2003

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PARAÍSO BRASILEIRO

Desigualdade de renda segura avanço do país


Rendimento se concentra e tem crescimento menor do que expectativa de vida e educação

As seis maiores regiões metropolit anas do Brasil caem no ranking da qualidade de vida



FERNANDA DA ESCÓSSIA
EM SÃO PAULO

De 1991 a 2000, a distribuição de renda piorou em dois terços dos municípios brasileiros, ou 3.654 deles. Mesmo assim, a qualidade de vida medida pelo IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) melhorou em 99,9% das cidades do país.
A pequena melhora no rendimento e o aumento da concentração de renda impediram que o avanço -impulsionado principalmente pela educação- fosse ainda maior.
O IDHM é feito pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) com base em dados de renda, educação e expectativa de vida.
A análise das 33 regiões metropolitanas brasileiras mostra que, enquanto as maiores aglomerações urbanas -São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador- desceram no ranking de qualidade, subiram as de porte médio.
O exemplo positivo vem de um Estado do Sul: Santa Catarina. A região metropolitana de Florianópolis tem a melhor qualidade de vida do país. Das dez regiões com melhor qualidade de vida, seis são catarinenses. A crise das metrópoles é explicada, em boa parte, por outra crise: a do emprego, que afetou o Brasil dos anos 90.
Na composição da renda da população brasileira, caiu a parcela vinda do trabalho e subiu a parcela vinda dos benefícios governamentais, como aposentadoria, pensão e programas de auxílio.
O pior exemplo vem da região mais rica do país: em São Paulo, a qualidade de vida subiu pouco, a renda subiu menos ainda, e a pobreza cresceu. No Brasil, tanto a pobreza como a indigência caíram.
Os dados, tirados dos Censos de 1991 e 2000, estarão disponíveis no site www.pnud.org.br.


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