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CRIATIVIDADE
Vila catarinense fatura R$ 6 milhões com ostras
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS
Há dez anos, Adriano José dos
Santos, 30, abandonou o bico de
vigia noturno em Florianópolis
para apostar numa espécie de
"retorno às origens". Voltou a
tentar ganhar a vida com o que
tirava do mar -uma tradição
do pai, pescador- em Ribeirão
da Ilha, uma vila a 30 km do centro de Florianópolis.
Santos foi um dos pioneiros
do cultivo de ostras nessa comunidade, de 5.000 pessoas.
Hoje, o ex-vigia e sua mulher,
Catia Celina dos Santos, 32, possuem um restaurante e dão emprego a seis pessoas (com salário
médio de R$ 400). Os dois filhos
estudam em escola particular e a
família tem um carro novo.
Como a de Santos, 150 famílias
de Ribeirão da Ilha melhoraram
de vida com o comércio de ostras. O projeto, que usa sementes importadas do Pacífico, nasceu na Universidade Federal de
Santa Catarina.
Em Ribeirão da Ilha, a aquicultura da ostra e do mexilhão
movimentou R$ 6 milhões em
2002 e proporcionou uma renda
familiar mensal de cerca de R$
3.000 aos produtores. Os dados
são da Prefeitura de Florianópolis, que estima que a cultura esteja conferindo renda a 2.500 pessoas, direta e indiretamente.
É possível degustar o fruto do
mar no local, gastando R$ 50 em
um almoço farto, para duas pessoas, no restaurante "Ostradamus", do ex-mecânico Jaime José de Barcelos, 38.
"Tiramos o pescador artesanal
de uma situação de não-sobrevivência para transformá-lo na figura do empreendedor", afirma
a prefeita da cidade, Ângela
Amin (PPB). No final de seu primeiro mandato, ela deu impulso
à atividade, criando a Fenaostra.
A edição deste ano do evento começa na próxima sexta-feira.
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