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São Paulo, sexta-feira, 03 de outubro de 2003

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CRIATIVIDADE

Vila catarinense fatura R$ 6 milhões com ostras

MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS

Há dez anos, Adriano José dos Santos, 30, abandonou o bico de vigia noturno em Florianópolis para apostar numa espécie de "retorno às origens". Voltou a tentar ganhar a vida com o que tirava do mar -uma tradição do pai, pescador- em Ribeirão da Ilha, uma vila a 30 km do centro de Florianópolis.
Santos foi um dos pioneiros do cultivo de ostras nessa comunidade, de 5.000 pessoas.
Hoje, o ex-vigia e sua mulher, Catia Celina dos Santos, 32, possuem um restaurante e dão emprego a seis pessoas (com salário médio de R$ 400). Os dois filhos estudam em escola particular e a família tem um carro novo.
Como a de Santos, 150 famílias de Ribeirão da Ilha melhoraram de vida com o comércio de ostras. O projeto, que usa sementes importadas do Pacífico, nasceu na Universidade Federal de Santa Catarina.
Em Ribeirão da Ilha, a aquicultura da ostra e do mexilhão movimentou R$ 6 milhões em 2002 e proporcionou uma renda familiar mensal de cerca de R$ 3.000 aos produtores. Os dados são da Prefeitura de Florianópolis, que estima que a cultura esteja conferindo renda a 2.500 pessoas, direta e indiretamente.
É possível degustar o fruto do mar no local, gastando R$ 50 em um almoço farto, para duas pessoas, no restaurante "Ostradamus", do ex-mecânico Jaime José de Barcelos, 38.
"Tiramos o pescador artesanal de uma situação de não-sobrevivência para transformá-lo na figura do empreendedor", afirma a prefeita da cidade, Ângela Amin (PPB). No final de seu primeiro mandato, ela deu impulso à atividade, criando a Fenaostra. A edição deste ano do evento começa na próxima sexta-feira.


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