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São Paulo, sexta-feira, 03 de outubro de 2003

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Para Alckmin, migração fez pobreza crescer

DA REPORTAGEM LOCAL

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que a migração é responsável pelo aumento da pobreza no Estado entre 1991 e 2000. Segundo ele, o peso da migração pode ser medido pelo crescimento populacional do Estado, de 20% nesse período, superior à média brasileira (14%).
 

Folha - Qual a razão do aumento da pobreza no Estado?
Geraldo Alckmin
- Os dados do "Atlas" merecem análise mais profunda. Mas, em princípio, é preciso destacar a questão da migração para o Estado de São Paulo, que é feita principalmente por pessoas pobres à procura de emprego. A força dessa migração pode ser medida pelo maior crescimento da população paulista na última década do século passado, que passou de 20%, enquanto o mesmo índice, em relação ao país, ficou na casa dos 14%.
Segundo, é preciso lembrar que é muito mais difícil melhorar IDHs que já estão em patamares elevados. Também é importante notar que os níveis de pobreza apresentados por São Paulo são compatíveis aos de alguns países desenvolvidos, como os EUA, que, em 2001, possuía 12,7% de pobres.

Folha - Esses números não mostram que a política social do PSDB fracassou tanto no Estado como no governo federal?
Alckmin
- Pelo contrário, os indicadores sociais do IDH apresentaram uma expressiva melhora em São Paulo. Escolaridade subiu de 0,836 em 1991 para 0,901 em 2000. Em termos de longevidade, o indicador passou de 0,730 para 0,770 -situando-se segundo lugar. Além disso, o Estado permanece entre os três melhores na classificação geral do IDH.

Folha - Não há algo errado quando os indicadores de pobreza do Estado mais rico aparece ao lado de Estados pobres como Amapá e Amazonas?
Alckmin
- São Paulo não aparece ao lado desses Estados, pois Amapá e Amazonas apresentam cerca de 42% e 53%, respectivamente, da sua população em condição de pobreza. Já São Paulo, com 14,37% de pobres, possui o segundo menor percentual do país.


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