|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Grande Belém despenca no levantamento
MAURÍCIO SIMIONATO
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA
O desemprego e a baixa
atividade industrial levaram
a região metropolitana de
Belém a apresentar a maior
queda no ranking entre as
localidades de grande concentração urbana.
Com um baixo crescimento do IDHM, de 5,5% em nove anos, a região metropolitana de Belém perdeu 12 posições entre 33 regiões do
país, caindo de 13º para 25º.
Especialistas apontaram o
índice de desemprego e a
baixa atividade industrial
como fatores principais que
impediram o crescimento
do IDH, como aconteceu em
outros centros nacionais.
O Dieese do Pará (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos), estima pelo
menos 134 mil desempregados entre 1,7 milhão de habitantes na região.
"O desemprego é um dos
fatores que mais contribuem
para o baixo crescimento da
renda na região metropolitana. A renda média do trabalhador é pífia", disse o diretor do Dieese no Pará, Roberto Sena.
De acordo com Sena, 51%
da população economicamente ativa do Estado recebe até dois salários mínimos.
"Outro fator que contribui
para baixo desenvolvimento
da renda pode ser o crescimento do mercado informal, que hoje representa cerca de 50% na região", disse.
Manaus
A capital do Amazonas foi
a única cidade brasileira
com mais de 1 milhão de habitantes onde a renda per capita caiu ao longo dos anos
90. De R$ 276,90, em 1991, a
média foi para R$ 262,40, no
último levantamento.
A renda per capita é a divisão do PIB (Produto Interno
Bruto) pelo total da população. No período, o crescimento populacional de Manaus foi de 39%, ganhando a
cidade 394 mil habitantes.
A queda na renda per capita e o crescimento populacional são apontados como
fatores que fizeram Manaus
perder posição no IDHM. O
desenvolvimento humano
da capital caiu da 11ª posição
para a última colocação.
Texto Anterior: Marcha lenta: Maiores metrópoles perdem fôlego e caem no ranking Próximo Texto: Vida no Rio deixa São Paulo para trás Índice
|