São Paulo, domingo, 03 de outubro de 2004

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ENTENDA O CASO

Advogado passou a ser investigado após ser citado no caso Waldomiro

DA FOLHA RIBEIRÃO

O advogado Rogério Tadeu Buratti, 41, começou a ser investigado em fevereiro pela Polícia Federal após ser apontado pelo ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência Waldomiro Diniz como o elo para a renovação de contrato de R$ 650 milhões com a Caixa Econômica Federal.
Simultaneamente, o Ministério Público de Ribeirão Preto abriu investigação do então vice-presidente do grupo Leão Leão, maior empreiteira da cidade, com faturamento anual de R$ 200 milhões.
Com autorização da Justiça, os telefones de Buratti e de outros executivos foram grampeados. Nas gravações, a Promotoria diz ter encontrado indícios de fraude em licitações de pelo menos dez cidades paulistas, incluindo a capital. Uma das conversas interceptadas era entre Buratti e o ex-presidente da Leão Ambiental Wilney Barquete, que saiu da empresa. Falavam sobre os contratos de limpeza de São Paulo. "Tá tudo certo, mas aquela confusão de quinta e sexta segurou as coisas", diz Barquete a Buratti. "E ontem a charuteira falou que o secretariado está esperando o tribunal se posicionar", completa.
Buratti foi secretário da primeira administração de Palocci em Ribeirão, entre 1993 e 1996, mas deixou o cargo após suspeita de favorecer empresas. Foi ainda assessor do ex-prefeito de Matão Adauto Scardoelli (PT). No período, a Leão Leão fez obra antes da assinatura do contrato e, por isso, prefeito e empreiteira foram condenados em primeira instância. Ambos recorrerem da decisão.
Em 2000, a Leão foi a maior doadora da campanha a prefeito de Palocci, com R$ 150 mil.

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