DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ex-deputado Narciso Mendes, dono do grupo Rio Branco de Comunicação, acha que o governador Jorge Viana está "querendo aparecer" quando afirma que está sendo vítima de um complô. Ele foi o único a responder às ligações da Folha, durante dois dias de procura.
A Folha conversou na quarta e na quinta-feira da semana passada com assessores do deputado José Aleksandro (PSL) no Acre e em seu gabinete.
Mas sua assessoria afirmou que não havia conseguido localizá-lo para comentar a suposta ordem ao pistoleiro Raimundinho para matar o governador.
Também a irmã do ex-deputado Hildebrando Paschoal, a médica Susy Paschoal, foi procurada em seu celular e em seu escritório, mas não foi encontrada. Foi o canal de TV de Narciso Mendes que veiculou a entrevista do traficante Palito.
Mendes diz que "tem orgulho" de fazer oposição a Viana, mas que a reportagem com Palito nada teve a ver com isso.
"Eu faço oposição, meu jornal presta informação. Se for feita Justiça, essa gravação ajudou a pegar o Palito. Ele fez graves denúncias, que devem ser apuradas", diz o ex-deputado.
Mendes nega que tenha relação com o ex-deputado Hildebrando Paschoal. "Eu sou tão contra o crime organizado quanto qualquer um."
Para ele, Viana "criou" a história das ameaças porque não tem como responder a Palito. "Ele não tem defesa e fica dizendo essas coisas. Ele ainda vai ter de inventar muitos complôs para se defender, porque está perdendo apoio no Estado", disse Narciso, que é aliado político do prefeito eleito de Rio Branco, Flaviano Mello.


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