|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Funcionários do partido fazem greve
DA REDAÇÃO
A maioria dos funcionários do
Diretório Nacional do PT entraram ontem em greve para protestar contra o não-pagamento dos
salários de novembro e da primeira parcela do 13º. Dos 79 empregados do partido, 63 aderiram.
Segundo um funcionário que
não quis se identificar, a greve
continuará até segunda-feira,
quando haverá uma reunião dos
grevistas com dirigentes do PT.
Na opinião do secretário-geral
do partido, Raul Pont, a paralisação foi uma medida precipitada.
"O partido costuma fazer os pagamentos no dia 30, portanto houve
um atraso de apenas dois dias,
mas essa é uma questão secundária, em razão da crise que já estamos vivendo", afirmou.
A deputada federal Maria do
Rosário (RS), segunda vice-presidente do partido, também avalia
que a greve foi um erro. Para ela,
os empregados do PT não são
apenas funcionários, mas "participantes de um projeto político
para o país". "Houve uma intolerância política, já que o atraso foi
de apenas dois dias. As nossas dificuldades financeiras são conhecidas de todos", disse ela.
O secretário de Finanças do partido, Paulo Ferreira, justifica o
atraso dizendo que as instituições
têm até o quinto dia útil para fazer
o pagamento dos salários e podem pagar o valor integral do 13º
salário no mês de dezembro. Para
ele, o partido está numa situação
financeira difícil, mas honrará
seus compromissos.
Para João Felício, presidente da
CUT (Central Única dos Trabalhadores), o direito à greve é legítimo, mas foi mal-empregado:
"Essa greve é pelega, não teve nem
piquete. Greve de verdade tem de
ter piquete."
(MSL)
Texto Anterior: PT sofre auditoria em suas contas dos últimos 5 anos Próximo Texto: PT decide pedir cassação de Azeredo Índice
|