São Paulo, sábado, 03 de dezembro de 2005

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Funcionários do partido fazem greve

DA REDAÇÃO

A maioria dos funcionários do Diretório Nacional do PT entraram ontem em greve para protestar contra o não-pagamento dos salários de novembro e da primeira parcela do 13º. Dos 79 empregados do partido, 63 aderiram.
Segundo um funcionário que não quis se identificar, a greve continuará até segunda-feira, quando haverá uma reunião dos grevistas com dirigentes do PT.
Na opinião do secretário-geral do partido, Raul Pont, a paralisação foi uma medida precipitada. "O partido costuma fazer os pagamentos no dia 30, portanto houve um atraso de apenas dois dias, mas essa é uma questão secundária, em razão da crise que já estamos vivendo", afirmou.
A deputada federal Maria do Rosário (RS), segunda vice-presidente do partido, também avalia que a greve foi um erro. Para ela, os empregados do PT não são apenas funcionários, mas "participantes de um projeto político para o país". "Houve uma intolerância política, já que o atraso foi de apenas dois dias. As nossas dificuldades financeiras são conhecidas de todos", disse ela.
O secretário de Finanças do partido, Paulo Ferreira, justifica o atraso dizendo que as instituições têm até o quinto dia útil para fazer o pagamento dos salários e podem pagar o valor integral do 13º salário no mês de dezembro. Para ele, o partido está numa situação financeira difícil, mas honrará seus compromissos.
Para João Felício, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), o direito à greve é legítimo, mas foi mal-empregado: "Essa greve é pelega, não teve nem piquete. Greve de verdade tem de ter piquete." (MSL)


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