São Paulo, domingo, 4 de janeiro de 1998.




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Cai otimismo sobre futuro da gestão

do Conselho Editorial
Quando a pesquisa olha para a frente, e não para trás, o resultado é

idêntico: se o prestígio de FHC caiu seis pontos percentuais de setembro a dezembro, caiu também seis pontos o otimismo em relação ao futuro do governo. Em setembro, 47% achavam que, dali em diante, FHC faria um governo "ótimo/bom". Agora, são 41%.
Passaram de 15% a 19% os que esperam uma gestão "ruim/péssima", e de 29% para 32% os que crêem em uma administração apenas "regular".
É igualmente nas regiões metropolitanas que o otimismo em relação ao governo é menor: só 36% esperam que FHC tenha um desempenho "ótimo/bom", contra 43% no interior do país.
A explicação mais provável é a maior incidência do desemprego nessas áreas, em comparação com o interior.
Afinal, o principal problema do país, segundo os pesquisados, é o desemprego, mencionado por 38% deles.
Mais de um problema
É verdade que desemprego é o principal problema também para os eleitores do interior (citado por 39%, até mais do que nas regiões metropolitanas).
Ocorre que, nestas, há outras inquietações importantes a dividir as atenções com o desemprego, como saúde (mencionada por 18%) e educação (13% de menções).
Já no interior, saúde e educação incomodam menos (14% e 9% de menções, respectivamente).
O melhor desempenho do governo, para os pesquisados, ocorre na área econômica, citada por 12% dos entrevistados e por mais 4% que apontam o resultado contra a inflação como a melhor "obra" do governo.
Mas a maioria absoluta (54%) prefere responder que não sabe em que área ocorre o melhor desempenho do governo (37%) ou que não há bom desempenho em área nenhuma (outros 17%).
A pior área do governo, ao contrário, é mais claramente identificada. Só 25% dizem "nenhuma área" ou "não sabem".
Emprego/desemprego (21%) e saúde (20%) encabeçam a lista das áreas de pior desempenho do governo, entre os 13.437 pesquisados em todo o país.
Os mais otimistas quanto ao futuro do governo são os pesquisados no Mato Grosso do Sul: chega a 39 pontos percentuais a diferença entre os que esperam, doravante, um governo "ótimo/bom"(51%) e os que acreditam em uma gestão "ruim/péssima" (12%).
Os eleitores do Rio de Janeiro são os menos otimistas: a diferença entre "ótimo/bom" (32%) e "ruim/péssimo" (27%) cai para apenas cinco pontos. (CR) São 37% os que não sabem em que área o governo federal tem melhor desempenho


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