Denúncias
A Polícia Civil do Paraná é apontada como a principal controladora do crime organizado no Estado, por meio da chamada "máfia do quibe" (apelido dado por causa da ascendência árabe de seus líderes)
Acusados
Seis delegados e 24 policiais civis de Curitiba foram citados por testemunhas como membros da quadrilha. Entre eles, o ex-delegado-geral da Polícia Civil do Paraná João Ricardo Kepes de Noronha, o titular do Cope (Centro de Operações Policiais Especiais), Mário Ramos, e Newton Tadeu Rocha, ex-chefe da Polícia Civil
Líderes
Foram apontados como líderes da "máfia do quibe" os investigadores Samir Skander, o empresário Hissan Dehini, e os agentes Edmir Silveira e Edson Nunes. Os quatro foram presos após prestar depoimento à CPI
Prisões
A Justiça havia decretado, até o encerramento dos trabalhos da CPI, às 3h30 de ontem, a prisão temporária de 15 dos 30 policiais acusados. Entre eles os delegados João Ricardo Kepes de Noronha, Newton Tadeu Rocha, Mário Ramos e Kiyoshi Hattanda, todos ex-integrantes da cúpula da Polícia Civil no Paraná. Eles não compareceram para prestar depoimento e foram considerados foragidos
Rota da droga
O Paraná é considerado corredor de escoamento de drogas para São Paulo e Santa Catarina. O roteiro segue principalmente pela região de Presidente Prudente (SP) e Foz do Iguaçu (PR). Pelo menos uma tonelada de cocaína passaria pelo Estado por mês

Como funcionava o esquema
Narcotráfico
Usuários eram aliciados por investigadores para delatar traficantes, que eram obrigados a entregar a droga e pagar propinas para evitar a prisão. A droga apreendida era revendida pelos policiais
Roubo de carros
Donos de desmanches pagavam até R$ 150 mil para manter delegados que participavam do esquema como titulares das delegacias. A polícia precisava mostrar um bom índice de recuperação e conseguia encontrar 11 de 15 carros roubados na região metropolitana. Os outros quatro eram levados para desmanches


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