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São Paulo, sexta-feira, 04 de abril de 2003

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BINGO DA UNIÃO

Governo sorteia as cidades que serão auditadas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em clima de sorteios de bingo -com direito à presença de "garotas da sorte", globos prateados para embaralhar números e locutor- o governo escolheu ontem as cinco prefeituras que serão auditadas pela Controladoria Geral da União.
A idéia do sorteio com metodologia semelhante à da Loteria Federal foi do ministro controlador-geral da União, Waldir Pires, para que não houvesse dúvidas sobre a isenção da escolha: "Qual é o organismo que tem a confiança do povão? A loteria da Caixa, isso é uma prova de que não há protecionismo", disse o ministro.
Das cinco prefeituras que terão as contas auditadas, quatro são administradas por partidos da base aliada do governo. O prefeito de Balneário Arroio do Silva (SC) é do PMDB, o de Ribeirão Corrente (SP) é petista, o de Castelândia (GO) é do PSDB, o de Colônia do Piauí (PI) é do PPS, e o de Rio Preto da Eva (AM) é do PTB.
Só foram incluídas nesse primeiro sorteio cidades com menos de 20 mil habitantes. Foram 961 do Sul, 1.167 do Sudeste, 372 do Centro-Oeste, 1.240 do Nordeste e 296 do Norte.
No próximo sorteio, em 30 dias, serão sorteadas 26 cidades (de todos os Estados menos o DF) com até 50 mil habitantes. Em junho já não haverá restrição em relação ao número de habitantes e serão sorteadas cem cidades. A idéia é que em todos os meses seja auditado esse mesmo número de municípios.
O objeto da fiscalização são os recursos federais que essas prefeituras receberam de 2000 até hoje e como eles foram empregados.
Os auditores da Controladoria têm sete dias úteis a contar de hoje para levantar o total de recursos federais recebidos pelas prefeituras nesse período. Depois disso viajam para fiscalizar obras e serviços, principalmente na área de saúde e educação.
Em março, a Controladoria testou esse modelo de fiscalização em quatro municípios, dois dos quais já foram atendidos pelo programa Fome Zero, Guaribas e Acauã (PI). Ficou comprovado que as prefeituras das duas cidades desviaram parte do dinheiro que receberam do governo para pagar a merenda escolar. (GA)


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