DA REPORTAGEM LOCAL

No que depender de Maurício Soares, o radicalismo do "velho Vicentinho" terá presença destacada na campanha. Ele não quer deixar o passado de greves do sindicalista cair no esquecimento.
"Vicentinho é expoente de um sindicalismo selvagem, do qual eu sempre discordei", diz.
Maurício aposta que vai ser difícil para empresários que "sofreram" nas mãos do sindicalista acreditarem que ele está mudado.
"A greve é um direito do trabalhador, mas não se pode invadir fábricas ou bloquear a Anchieta (rodovia que corta a cidade), como Vicentinho sempre fez", diz.
Ele afirma que sempre defendeu a negociação. "Mas pouca gente me ouvia no sindicato."
Na campanha, ele vai se colocar como "o negociador", em oposição a Vicentinho, "o agitador". "Era eu que negociava com as empresas, tenho experiência nisso."
Tanta experiência acabou sendo bastante útil a Maurício quando foi demitido do sindicato. Ele passou a defender empresas em processos trabalhistas, o que, para os metalúrgicos, foi uma traição.
"Eu tinha de dar de comer à família. Não tive escolha." (FZ)

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