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Habeas corpus
põe em choque
ministros do STF
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um habeas corpus do advogado Carlos Alberto da
Costa Silva, da Operação
Anaconda, colocou em choque dois ministros do Supremo Tribunal Federal, que
deram decisões opostas na
causa: Marco Aurélio de Mello, que mandou soltar Costa
Silva, e Joaquim Barbosa,
que ordenou a volta à prisão.
A pedido de Marco Aurélio, o STF deverá abrir processo administrativo para
apurar as circunstâncias da
tramitação, por causa da
acusação de Barbosa de que
o colega o teria substituído
indevidamente no exame de
um pedido de liminar.
Barbosa é o relator do habeas corpus. Marco Aurélio
disse que recebeu os autos
em 7 de maio, pois tanto esse
colega quanto Sepúlveda
Pertence, presidente da 1ª
turma do STF, onde a causa
será julgada, estariam viajando. Na hierarquia da distribuição de processos urgentes, ele seria o terceiro.
Em 10 de maio, Marco Aurélio concedeu liminar suspendendo a ordem de prisão
preventiva de Costa Silva, de
novembro de 2003. No dia
25, Barbosa cassou a liminar
e restabeleceu a prisão. Na
decisão, questionou a atitude do colega de atuar em seu
lugar, dizendo que só saiu de
Brasília na noite do dia 8.
Marco Aurélio, ao pedir a
Nelson Jobim, presidente do
STF, que abra processo administrativo, afirmou: "Esclareço a Vossa Excelência
que atuei em substituição
porquanto foram certificadas as ausências do relator e
do substituto imediato".
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