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Petista é acusado de desrespeitar tombamento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ao mudar o nome da sede do
Ministério da Justiça para Palácio
da Justiça Raymundo Faoro, ontem, o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva e o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) feriram o
contrato de tombamento de Brasília como patrimônio cultural da
humanidade e o projeto original
do arquiteto Lucio Costa.
Segundo o diretor de Patrimônio Histórico e Artístico de Brasília, Jarbas Silva Marques, o projeto de Costa é "alfanumérico"
-não previa que os monumentos da cidade tivessem nomes de
personalidades.
O nome, em homenagem ao jurista Raymundo Faoro, morto em
maio, foi dado para comemorar
os 181 anos do ministério.
"É um péssimo exemplo do governo. Brasília não é uma paróquia. Por acaso existe o Congresso
Nacional Ulysses Guimarães?"
A mudança do nome fere, segundo Marques, as "normas rígidas" do contrato assinado com a
Unesco, que torna Brasília patrimônio cultural da humanidade.
Segundo a Presidência e o Ministério da Justiça, não há impedimentos legais. A Unesco não respondeu à Folha.
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