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São Paulo, sexta-feira, 04 de julho de 2003

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Petista é acusado de desrespeitar tombamento

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ao mudar o nome da sede do Ministério da Justiça para Palácio da Justiça Raymundo Faoro, ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) feriram o contrato de tombamento de Brasília como patrimônio cultural da humanidade e o projeto original do arquiteto Lucio Costa.
Segundo o diretor de Patrimônio Histórico e Artístico de Brasília, Jarbas Silva Marques, o projeto de Costa é "alfanumérico" -não previa que os monumentos da cidade tivessem nomes de personalidades.
O nome, em homenagem ao jurista Raymundo Faoro, morto em maio, foi dado para comemorar os 181 anos do ministério.
"É um péssimo exemplo do governo. Brasília não é uma paróquia. Por acaso existe o Congresso Nacional Ulysses Guimarães?"
A mudança do nome fere, segundo Marques, as "normas rígidas" do contrato assinado com a Unesco, que torna Brasília patrimônio cultural da humanidade.
Segundo a Presidência e o Ministério da Justiça, não há impedimentos legais. A Unesco não respondeu à Folha.


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