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Defesa tenta desqualificar polícia
dos enviados a Planaltina (DF)
Para conseguir absolver o economista José Carlos Alves dos Santos da acusação de ter mandado
matar a mulher, Ana Elizabeth Lofrano, a tática dos advogados de
defesa foi colocar a dúvida na cabeça dos sete jurados.
A sentença estava prevista para
sair na noite de ontem ou na madrugada de hoje. O julgamento,
iniciado na quinta-feira da semana
passada, foi o mais longo do Distrito Federal.
"Não tenho que provar que José
Carlos é inocente. O Ministério
Público é que tem que procurar a
verdade. Temos que o tempo todo
mostrar que eles não conseguem
provar o que alegam", afirmou
Heraldo Paupério, um dos advogados do economista.
"Não posso deixar que os jurados tenham dúvida ou pena do
réu", disse o promotor Zacharias
Mustafa Neto.
Na "tática da dúvida", o principal objetivo da defesa foi desqualificar a investigação da polícia.
Anteontem, no depoimento de
Francisco Julião, delegado que
presidiu o inquérito, os advogados
de defesa se apegaram a detalhes
da investigação para confundir e
colocar o delegado em cheque.
Julião passou a maior parte das
quatro horas de depoimento respondendo perguntas da defesa.
O depoimento foi considerado
"muito bom" pela promotoria. O
delegado disse que investigou e
não achou nenhum indício da participação dos "anões do Orçamento" no crime, tese levantada
pela defesa.
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