da Reportagem Local

A Telefônica e a Telemar admitem que, em alguns indicadores, seu desempenho está abaixo dos índices que se comprometeram com a Anatel a atingir. As duas holdings garantem, porém, que vão atingir todas as metas até o final do ano.
"Não me surpreende que nenhuma empresa tenha atingido todas as metas", disse o vice-presidente de Operações da Telefônica, Ivan Campagnolli.
Segundo ele, o número de solicitações de reparo está acima do esperado devido aos reflexos da ampliação da rede. "Já instalamos 900 mil telefones em 99", disse Campagnolli. "Os contratos antigos para ampliação (firmados pela Telesp estatal) dificultavam a intervenção na rede. A partir de agosto usaremos outra tecnologia", afirmou.
Ele atribui o alto índice de reclamações de erros em contas a dois fatores. O primeiro diz respeito aos serviços de terceiros cobrados em contas telefônicas. O segundo fator é referente à falta de informação dos usuários sobre as ligações para telefones celulares.
Campagnolli disse que as empresas de telefonia celular obrigam a cobrança de todas as chamadas acima de seis segundos.
"Ás vezes a mensagem da caixa postal é maior do que isso. O usuário nem chega a deixar recado, mas a chamada é cobrada", disse. "Estamos filtrando essas chamadas curtas, que não serão mais cobradas."
Para José Fernandes Pauletti, vice-presidente de Operações da Telemar, grande parte dos defeitos cujo reparo é solicitado está nos próprios aparelhos dos usuários e em antigas redes internas de alguns prédios.
Ele também citou a desinformação dos usuários quanto às ligações para celulares como um dos principais fatores para reclamações em contas, mas incluiu as chamadas para serviços de sexo por telefone na lista de problemas (leia texto abaixo).
A Folha tentou ouvir a Tele Centro Sul, mas a assessoria de imprensa da empresa informou que nenhuma pessoa autorizada a comentar os protocolos de compromisso poderia atender à reportagem.


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