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Rede de coletivos
tem semelhanças
com linha de metrô
DA REPORTAGEM LOCAL
O projeto Transmilênio, adotado na Colômbia, tornou-se
uma das principais referências
de transporte de média capacidade na América Latina. Ele
substituiu um sistema considerado "caótico" em Bogotá, baseado em veículos pequenos (que, em São Paulo, são controlados por perueiros).
A proposta foi conduzida por
brasileiros e se baseia nos corredores existentes em Curitiba,
mas com mudanças que tornam a operação semelhante à
dos sistemas metroviários. A
principal característica física
do Transmilênio é a existência
de duas faixas de rolamento
por sentido, exclusivas para a
passagem de ônibus.
Uma das diferenças em relação aos corredores é que a idéia
do Transmilênio não foi adotada como um simples aproveitamento viário, mas de acordo
com as necessidades de transporte -ele não fez somente
uma segregação de faixas.
"Aqui, para construir um
corredor, a gente pega a avenida e adapta. O Transmilênio é
uma mudança de atitude. É um
projeto de transporte que inclui um veículo tipo ônibus,
mas é projetado da mesma forma que o metrô", diz Cláudio
de Senna Frederico.
O engenheiro diz que os
usuários se tornam passageiros
mesmo se não estiverem ainda
dentro do ônibus. "O passageiro não é visto com um pedestre
na calçada. Se ele está na estação, ele já está sob cuidado da
empresa", afirma.
Outra diferença em relação
aos corredores também é a forma de operação. Os veículos
são controlados via satélite e
têm bilhetagem eletrônica. Se
algum deles quebra ou vai atrasar, os passageiros são informados nas estações.
Bogotá decidiu adotar esse
projeto em substituição a uma
linha de metrô, cujo custo estimado era de US$ 2 bilhões. O
Transmilênio saiu por aproximadamente US$ 300 milhões.
O projeto também conquistou a simpatia de especialistas
por ter um financiamento permanente, baseado em uma taxa de 20% cobrada no consumo da gasolina. Ou seja, acaba
sendo bancado pelos usuários
do transporte individual.
(AI)
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