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Petistas criticam TSE por ter cassado dois congressistas do PSB
Líder do governo e líder do PT no Senado pedem que STF anule a cassação do senador João Capiberibe e de sua mulher, Janete
FERNANDA KRAKOVICS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os líderes do governo e do PT
no Senado divulgaram ontem notas atacando a decisão do TSE
(Tribunal Superior Eleitoral) de
confirmar, por unanimidade, a
cassação do senador João Capiberibe e de sua mulher, a deputada
Janete Capiberibe, ambos do
PSB-AP. As notas chamaram a
decisão de "grande injustiça" e
"inconcebível", respectivamente.
Tanto o líder do governo, senador Aloizio Mercadante (PT-SP),
quanto a líder do PT, senadora
Ideli Salvatti (SC), pressionam o
STF (Supremo Tribunal Federal)
a reverter a decisão. O TSE julgou
anteontem recursos do senador e
da deputada à condenação por
compra de voto. O advogado dos
dois afirmou que pedirá no STF
nova liminar para que eles continuem exercendo o mandato até o
julgamento definitivo. Adversário
de Capiberibe, o autor do processo é Gilvam Borges (PMDB), derrotado na disputa ao Senado.
"A cassação do senador e da deputada Capiberibe é uma grande
injustiça. Espero que, no recurso
ao Supremo Tribunal Federal, a
decisão seja revertida", diz Mercadante. Ideli disse "ter confiança" de que o STF "irá corrigir esse
erro ao acatar o recurso que será
apresentado pela defesa do casal".
O líder do governo disse que Capiberibe "tem grandes serviços
prestados ao país, como quando
esteve à frente da luta pela democracia e foi perseguido pelo regime militar". Mercadante disse
ainda que os dois tiveram "uma
atuação marcante" no Congresso.
O presidente do PT, José Genoino, disse que o partido respalda a
nota divulgada pelo líder do governo. Ao ser questionado se estava afirmando que o TSE errou, ele
respondeu: "Não conheço o processo, conheço o Capiberibe".
Em abril, o TSE determinou a
cassação do mandato dos Capiberibe por 4 votos a 2, por compra
de votos. As principais são os depoimentos de duas mulheres que
disseram ter recebido R$ 26 para
votar no casal. O senador e a deputada contestaram a veracidade
dos depoimentos. Procurado ontem, o TSE não quis comentar as
notas de Mercadante e Ideli.
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