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Para ministro,
só um "pontapé"
muda costumes
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro
Nelson Jobim, disse que "só
mudamos costumes a pontapé", ao criticar a ineficiência do
serviço público e defender mudança de atitude, em palestra a
diretores-gerais e secretários
de informática dos tribunais do
país, que prepararão radiografia do Poder, proposta por ele.
A linguagem dos bancos de
dados dos órgãos do Judiciário
não é unificada. Há cerca de 90
tribunais. Jobim sugeriu um
modelo de informatização da
Justiça em que as pessoas sejam
substituídas por máquinas.
"Nós temos de fazer com que
as pessoas sejam dispensáveis,
que o sistema funcione independentemente delas." Disse
que o espírito dominante entre
servidores é "ficar sentado
atrás da mesa, quieto".
Logo após falar em "pontapé", ele esclareceu que havia
apenas usado uma "figura de
linguagem para mostrar que os
costumes se ajustam às necessidades" e acrescentou: "Se nós
continuarmos nessa situação,
as nossas ações serão inúteis e
sabemos que, no serviço público, não existe vazio".
Jobim prepara um levantamento pormenorizado do Judiciário da União e dos Estados, que permitirá avaliação e
comparações entre tribunais
ou segmentos da Justiça sobre
gastos, volume processual, carga de trabalho do juiz, taxa de
mudança de sentença de uma
instância para outra e grau de
ociosidade dos prédios.
(SF)
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