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PESQUISA
Números oficiais mostram que instituto acertou a votação de 67 de 75 candidatos
em oito capitais e superou o Ibope, que também obteve alto índice de correção nos levantamentos
Apuração confirma acerto do Datafolha
DA REPORTAGEM LOCAL
Nas oito capitais em que os dois
maiores institutos fizeram pesquisa de boca-de-urna durante a
votação de domingo, o Datafolha
se mostrou mais preciso, ao acertar a votação de 67 dos 75 candidatos. A taxa de acerto do Ibope
também foi elevada, com a previsão correta do desempenho nas
urnas de 61 desses concorrentes.
A comparação contrapõe a porcentagem de votos apontada pela
pesquisa, já descontada a margem
de erro, aos resultados divulgados
pela Justiça Eleitoral.
Nessas oito capitais -São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Curitiba,
Porto Alegre, Salvador, Recife e
Fortaleza- os dois institutos
acertaram a ordem de chegada
dos candidatos, excetuado o caso
de Recife, onde o Ibope apontou
incorretamente uma definição já
no primeiro turno.
Em São Paulo o Datafolha previa que Paulo Maluf ficaria um
ponto acima de Geraldo Alckmin
(PSDB), tendência que se confirmou. No Rio, o Ibope situou Benedita da Silva (PT) um ponto acima de Cesar Maia (PTB), tendência não confirmada.
Mesmo assim, os dois resultados estavam dentro da margem
de erro, o que, a rigor, não caracteriza o acerto de uma instituição
e o engano da outra.
Mauro Francisco Paulino, diretor Datafolha, afirma que o instituto indicou todas as tendências
de segundo turno e obteve um
dos resultados mais precisos de
sua história de 17 anos.
Por sua vez, Márcia Cavallari,
diretora do Ibope-Opinião, diz
que seu instituto prestou um bom
serviço ao eleitor, fornecendo a
tendência correta e a colocação
dos candidatos em 75 das 77 cidades em que fez pesquisas.
O Ibope constatou o crescimento do PT no plano nacional e a disputa acirrada pelo segundo lugar
em São Paulo e no Rio, afirma.
Paulino diz que o Datafolha foi
ágil e geralmente o primeiro a detectar oscilações de intenções de
voto no eleitorado, como, no caso
paulistano, com os efeitos das denúncias de Nicéa Pitta sobre a
candidatura de Maluf, em maio,
ou a ascensão de Alckmin e em seguida de Romeu Tuma (PFL), já
no final da campanha.
Também afirma que coube ao
Datafolha primeiramente detetar
o crescimento de Luiz Paulo Conde (PFL), no Rio, e a queda de Patrícia Gomes (PPS), em Fortaleza.
Segundo cálculo da Folha, o Datafolha, com o desconto da margem de erro, ficou a 0,7 ponto percentual dos resultados finais de
todos os 75 candidatos nas oito
capitais comparadas. O Ibope ficou a 0,9 ponto.
Uma outra maneira de calcular
o desempenho dos institutos estaria em verificar qual a previsão de
acerto, na pesquisa de boca-de-urna, quanto à votação dos candidatos mais importantes, aqueles
que receberam uma votação superior a 5%.
Nesse caso, e para um grupo de
31 candidatos, 25 dos resultados
do Datafolha ficaram dentro da
margem de erro. A diferença com
o Ibope aqui é maior, já que ele
acertou apenas 17 resultados.
Nesse grupo de candidatos, os
resultados da boca-de-urna do
Datafolha se distanciaram em 1,1
ponto do resultado final. Os resultados do Ibope se distanciaram
em 1,7 ponto.
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