DA REPORTAGEM LOCAL

No último dia do horário eleitoral dedicado aos concorrentes a vagas de deputado federal, quem apareceu foram os candidatos ao governo de São Paulo, o que é proibido pela Justiça Eleitoral.
Geraldo Alckmin (PSDB), Paulo Maluf (PPB) e José Genoino (PT) aproveitaram o final da propaganda gratuita e ocuparam praticamente todo o tempo dedicado aos candidatos proporcionais de suas coligações.
O mesmo foi feito pelos partidos menores. Carlos Apolinário repetiu o que já vem fazendo desde o início do horário gratuito e usou o tempo do PGT, assim como Levy Fidélix, do PRTB.
O horário eleitoral estadual terminou na quarta-feira. Ontem, os poucos candidatos a deputado que apareceram, rapidamente, pediram votos para os concorrentes ao governo estadual.
Os candidatos ao Senado, cujo horário também terminou anteontem, igualmente aproveitaram para pedir votos na TV pela última vez. Aloizio Mercadante (PT) apareceu no início do horário petista, José Aníbal (PSDB) teve uma participação no programa tucano e Orestes Quércia -que desde o início vinha aparecendo, todos os dias, no horário dos candidatos ao governo e a deputado de seu partido- usou todo o tempo do PMDB.
A prática é ilegal segundo a legislação eleitoral -candidatos a cargos majoritários são proibidos de usar o tempo dedicado aos candidatos proporcionais, sob pena de perder seu tempo de propaganda.
No entanto a Folha apurou que houve uma espécie de acordo informal entre as campanhas. "Como era o último dia, todo mundo sabia que os candidatos a governador iam usar o tempo dos deputados, é uma praxe. E ninguém vai reclamar sobre isso na Justiça", disse um marqueteiro de uma campanha paulista, que não quis ser identificado.
A Justiça Eleitoral só pode agir caso seja provocada: só pune um partido se algum outro entrar com uma representação.

Lula e Serra
José Serra também apareceu no programa tucano, pedindo votos aos deputados federais do partido. Lula e a prefeita petista Marta Suplicy participaram pedindo votos para Genoino. (CLÁUDIA CROITOR)



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