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Aécio critica acerto e diz que rompe acordo
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
O governador de Minas Gerais,
Aécio Neves (PSDB), disse ontem
que o acerto entre o governo e o
Senado em relação à Cide (a contribuição sobre consumo de combustíveis) rompe o acordo firmado com os governadores. Ele repeliu a proposta acertada com o
Senado e cobrou o cumprimento
do acordo, pelo qual os recursos
seriam transferidos diretamente
aos Estados.
Já o governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB),
criticou o texto dos deputados.
"Esse texto é péssimo, não presta.
Eu continuo defendendo a aprovação do texto inicial, que foi
acordado na Granja do Torto. Seria uma reforma neutra, enxuta,
moderna", afirmou ele.
Pela nova proposta, os recursos
da Cide destinados a investimentos em transporte serão administrados por um conselho formado
pela União, Estados e municípios.
Eles não seriam mais repartidos
diretamente entre os Estados
(18,75%) e os municípios (6,25%).
"Eu quero deixar aqui muito
claro, e esse é o sentimento de vários governadores com quem eu
conversei, que uma das propostas
colocadas rompe com o compromisso firmado", afirmou Aécio.
"É fundamental que o governo federal comunique à sua base no
Senado que, em relação à Cide, a
proposta que deverá vigorar é a
proposta acertada entre os governadores e o governo."
O tucano mineiro, que afirmou
ter conversado ontem com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, lembrou as "inúmeras
negociações" que ocorreram entre governo federal e Estados sobre a questão.
Jarbas apoiou a iniciativa do Senado, de reformular o projeto de
reforma aprovado pela Câmara.
"Os Estados abririam mão de legislar sobre tributos e isso passaria para a União. Haveria uma legislação nacional, com quatro alíquotas apenas, e com dois objetivos: reduzir a sonegação e evitar a
guerra fiscal", disse.
Segundo o governador pernambucano, o que se viu, entretanto,
foram Estados quebrados procurando soluções em busca de recursos.
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