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Foco
Após flagra de mensagens eletrônicas, ministros do STF evitam uso de laptop
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois de serem flagrados
trocando mensagens eletrônicas durante sessão que
abriu a ação penal contra os
40 acusados de participarem
do mensalão, os ministros do
STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski
e Cármen Lúcia Antunes Rocha não usaram seus computadores na sessão de ontem.
Mesmo se tivessem utilizado e, por ventura, discutido virtualmente o julgamento, não poderiam ser flagrados pelas câmeras. Isso porque os fotógrafos foram
proibidos de circular pelo
plenário durante a sessão.
Segundo a assessoria do
STF, o julgamento do mensalão foi uma exceção, já que
o relator do caso, ministro
Joaquim Barbosa, fazia sua
sustentação em pé.
Na ocasião, fotógrafos flagraram os dois ministros discutindo sobre a denúncia do
procurador-geral da República. Também conversaram
sobre uma possível recusa da
denúncia por Eros Grau.
Se por um lado as fotos do
diálogo criaram um clima de
tensão no julgamento do
mensalão, a volta do ex-ministro do Supremo Paulo
Brossard, 82, ao plenário,
desta vez como advogado do
DEM, descontraiu ontem a
sessão que decidiria o destino dos parlamentares que
trocaram de partido após as
eleições de 2006. Ele deixou
o Supremo em 1994.
Ao fim dos 15 minutos de
sustentação oral, Brossard
foi interrompido pela presidente do tribunal, Ellen Gracie. "A corte ouviu o senhor
com o deleite de sempre,
mas tenho que lhe informar
que o seu tempo acabou."
"Eu já imaginava", disse,
provocando risos no plenário. "Embora esperasse por
sua advertência, não imaginava que seria tão cedo."
Durante os 38 minutos em
que falou, Brossard se referiu a Ellen como "senhor
presidente". Desculpou-se
no final e agradeceu sua
"presidência elegante, discreta e digna de todos os
aplausos".
(FS e SF)
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