São Paulo, quinta-feira, 04 de outubro de 2007

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Foco

Após flagra de mensagens eletrônicas, ministros do STF evitam uso de laptop

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Depois de serem flagrados trocando mensagens eletrônicas durante sessão que abriu a ação penal contra os 40 acusados de participarem do mensalão, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia Antunes Rocha não usaram seus computadores na sessão de ontem.
Mesmo se tivessem utilizado e, por ventura, discutido virtualmente o julgamento, não poderiam ser flagrados pelas câmeras. Isso porque os fotógrafos foram proibidos de circular pelo plenário durante a sessão. Segundo a assessoria do STF, o julgamento do mensalão foi uma exceção, já que o relator do caso, ministro Joaquim Barbosa, fazia sua sustentação em pé.
Na ocasião, fotógrafos flagraram os dois ministros discutindo sobre a denúncia do procurador-geral da República. Também conversaram sobre uma possível recusa da denúncia por Eros Grau.
Se por um lado as fotos do diálogo criaram um clima de tensão no julgamento do mensalão, a volta do ex-ministro do Supremo Paulo Brossard, 82, ao plenário, desta vez como advogado do DEM, descontraiu ontem a sessão que decidiria o destino dos parlamentares que trocaram de partido após as eleições de 2006. Ele deixou o Supremo em 1994.
Ao fim dos 15 minutos de sustentação oral, Brossard foi interrompido pela presidente do tribunal, Ellen Gracie. "A corte ouviu o senhor com o deleite de sempre, mas tenho que lhe informar que o seu tempo acabou."
"Eu já imaginava", disse, provocando risos no plenário. "Embora esperasse por sua advertência, não imaginava que seria tão cedo."
Durante os 38 minutos em que falou, Brossard se referiu a Ellen como "senhor presidente". Desculpou-se no final e agradeceu sua "presidência elegante, discreta e digna de todos os aplausos". (FS e SF)


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