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Comissão da Câmara aprova
reforma política
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com a oposição dos governistas PL, PTB e PP, a comissão especial da Câmara
dos Deputados criada para
analisar propostas de reforma política aprovou ontem
por 26 votos a 11 o relatório
do deputado Ronaldo Caiado (PFL-GO). A proposta
institui o financiamento público das campanhas eleitorais e a votação em listas fechadas, não mais em candidatos isolados.
Apesar de declarar que a
reforma política será uma
das prioridades legislativas
em 2004, a base aliada avalia
que será difícil o conjunto
das propostas avançar rápido no Congresso.
A proposta segue agora
para análise da Comissão de
Constituição e Justiça e só
depois estará pronta para ser
votada em plenário. Depois,
segue para o Senado.
A comissão iniciou os trabalhos no início do ano. Votaram a favor PT, PMDB,
PSB, PPS, PSDB e PFL. O
ponto principal do projeto é
a criação do financiamento
público das campanhas, calculado em R$ 7 por eleitor, o
que daria cerca de R$ 950
milhões hoje. Ficaria proibido o financiamento privado.
Outra mudança prevista
no relatório de Caiado é a
instituição das listas fechadas de candidatos nas eleições para deputados e vereadores, o que acabaria com as
candidaturas individuais.
Nesse mesmo item, o relatório eleva de um para dois
anos o prazo de filiação partidária para a disputa das
eleições. A proposta prevê
ainda o fim das coligações
nos Estados para a eleição de
deputados e vereadores e estabelece a possibilidade de
os pequenos partidos se unirem em federações como
forma de atingir a votação
mínima nacional para a representação parlamentar.
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