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CRÍTICA
Stedile ataca universidades e governo Lula
DA SUCURSAL DO RIO
Organizações de direitos humanos lançaram ontem no Rio, em
meio a críticas ao governo Luiz
Inácio Lula da Silva, um relatório
apontando o aumento de violações de direitos humanos neste
ano no Brasil, entre elas mortes de
indígenas e agricultores e denúncias de trabalho escravo.
O secretário nacional de Direitos Humanos, Nilmário Miranda,
reagiu dizendo que os conflitos
tendem a aumentar, pois o governo tem uma marca de mudança, o
que causa reações conservadoras.
O economista João Pedro Stedile, da coordenação nacional do
MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), atacou a
reforma agrária e a política econômica do governo. "O programa
real de reforma agrária deste ano
foi uma vergonha", afirmou.
Stedile cobrou mobilização da
sociedade e atacou as universidades. "As universidades viraram
um bando de bundões, pararam
de pensar nas causas do problemas brasileiros", afirmou.
Dados do Cimi (Conselho Indigenista Missionário) apontam 23
mortes de indígenas neste ano, o
maior índice em dez anos. Em
2002, foram sete mortes.
A CPT (Comissão Pastoral da
Terra) registrou 61 assassinatos
de janeiro a novembro -mais
que os 29 de 2001 e os 43 do ano
passado. O relatório foi lançado
pela organização Rede Social de
Justiça e Direitos Humanos, com
participação de outros grupos.
(FERNANDA DA ESCÓSSIA)
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