DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), assistiu ontem a mais uma rodada de críticas contra uma idéia sua apresentada para acelerar a votação no Congresso das reformas que serão propostas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A Folha trouxe na edição de ontem a informação de que o deputado pretende criar cinco "megacomissões" na Câmara, cada uma composta por cem deputados, para analisar as questões relativas à reforma. Objetivo: envolver ao máximo os deputados no debate.
Diante das críticas, o próprio João Paulo já ensaiava um segundo recuo político em apenas dois dias de gestão em relação a uma proposta sua.
"Ainda estou em processo de convencimento, tenho dúvida em relação à eficácia [das "megacomissões"], disse o líder do PT na Casa, Nelson Pellegrino. Apesar disso, ele disse achar a idéia uma iniciativa "válida", uma novidade a ser estudada. Já o primeiro secretário da Câmara, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), considerou inócua a proposta de João Paulo: "Supercomissão é o plenário, isso não vai funcionar, vai atrasar ainda mais", afirmou.
(RANIER BRAGON e KENNEDY ALENCAR)


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