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São Paulo, quarta-feira, 05 de fevereiro de 2003

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"Fui impedido de sair", diz secretário

DA AGÊNCIA FOLHA

"Não há outra palavra, fui refém mesmo, pois durante todo o tempo fui impedido por eles [sem-terra] de deixar o local, mesmo depois de avisar que a minha intenção era facilitar as negociações." A frase é do secretário da Agricultura de Alagoas, Reinaldo Falcão, 47.
Falcão afirmou ontem ter sido mantido refém durante cinco horas por integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) armados de pedaços de pau, foices e facões.
A versão de Falcão, sustentada também pela Polícia Militar de Delmiro Gouveia, é contestada pelo MST alagoano. "Ele [o secretário] ficou na estrada porque quis. Ninguém forçou nada", declarou Marcone Alves, da coordenação estadual do movimento.
Em nenhum momento, o secretário disse que foi ameaçado de agressão. Segundo ele, "tudo ficou na base da intimidação".
Hoje à tarde, Falcão participará da reunião com o MST em Delmiro Gouveia. "Eu estava na região para acompanhar alguns projetos, coisa rotineira. Quando soube do bloqueio, fui ao local para tentar o início de uma negociação, mas fui impedido. Tentei sugerir que fôssemos [ao lado do MST] a Maceió, mas não houve entendimento. Fui impedido de sair de lá [da AL-220]", disse ele.
Entre os acompanhantes de Falcão, estava o técnico agrário cubano Jesus Estrada, 56, enviado pelo governo de Fidel Castro a Alagoas para um estágio. (EDS)


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