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"Fui impedido de sair", diz secretário
DA AGÊNCIA FOLHA
"Não há outra palavra, fui refém mesmo, pois durante todo o
tempo fui impedido por eles
[sem-terra] de deixar o local,
mesmo depois de avisar que a minha intenção era facilitar as negociações." A frase é do secretário da
Agricultura de Alagoas, Reinaldo
Falcão, 47.
Falcão afirmou ontem ter sido
mantido refém durante cinco horas por integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) armados de pedaços de pau, foices e facões.
A versão de Falcão, sustentada
também pela Polícia Militar de
Delmiro Gouveia, é contestada
pelo MST alagoano. "Ele [o secretário] ficou na estrada porque
quis. Ninguém forçou nada", declarou Marcone Alves, da coordenação estadual do movimento.
Em nenhum momento, o secretário disse que foi ameaçado de
agressão. Segundo ele, "tudo ficou na base da intimidação".
Hoje à tarde, Falcão participará
da reunião com o MST em Delmiro Gouveia. "Eu estava na região
para acompanhar alguns projetos, coisa rotineira. Quando soube do bloqueio, fui ao local para
tentar o início de uma negociação, mas fui impedido. Tentei sugerir que fôssemos [ao lado do MST] a Maceió, mas não houve
entendimento. Fui impedido de
sair de lá [da AL-220]", disse ele.
Entre os acompanhantes de Falcão, estava o técnico agrário cubano Jesus Estrada, 56, enviado pelo
governo de Fidel Castro a Alagoas
para um estágio.
(EDS)
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