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Waldomiro omite
seu patrimônio
à Polícia Federal
DA SUCURSAL DO RIO
No questionário padrão da Polícia Federal preenchido antes de
seu interrogatório, na última terça, em Brasília, o ex-subchefe de
Assuntos Parlamentares da Presidência Waldomiro Diniz se disse
desempregado ao responder onde trabalhava. Seu estado de espírito foi qualificado como "calmo".
No inquérito da PF que apura
irregularidades no bingo Scala, no
Rio, Waldomiro foi indiciado por
prevaricação, sob suspeita de
omissão na fiscalização do local
quando presidia a Loterj (2001-2002). Waldomiro foi exonerado
do cargo, a pedido, depois da divulgação de gravação em que aparece cobrando propina do empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
No questionário, Waldomiro
disse que o apartamento onde
mora, em Brasília, foi cedido pela
família de sua mulher. Afirmou
possuir uma fazenda em Luziânia
(GO) e dois carros (Blazer e Parati). Não informou que foi sócio,
por dez meses de 2003, da Organização Interfutura de Educação e
Cultura, uma faculdade em São
Paulo, como revelou a Folha.
Nos registros da Receita Federal, a empresa aparece como ativa,
e Waldomiro, como um dos sócios, junto com Maria Estela Boner Léo. Ela diz que a sociedade
foi desfeita em outubro de 2003.
No interrogatório, Waldomiro
foi questionado sobre irregularidades em sua gestão na Loterj, como o destino do dinheiro repassado pelo West Bingo à autarquia. O
repasse deveria ter sido feito a
uma entidade desportiva.
Seu advogado, Luiz Guilherme
Vieira, disse à PF, sem citar Cachoeira, que seu cliente ficaria calado porque era alvo de uma "pessoa inidônea". A PF vai intimar
funcionários da Loterj e o antropólogo Luiz Eduardo Soares, que
disse ter informado o PT das suspeitas contra Waldomiro.
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