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AGENDA POSITIVA
Policiais fazem ações contra supostas organizações das áreas de combustíveis, Previdência e roubo a bancos
Polícia Federal prende 29 em 3 operações
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Polícia Federal desencadeou
nos últimos dois dias pelo menos
três operações diferentes, visando
combater supostas organizações
criminosas que atuariam no setor
de combustíveis, no de Previdência e com o roubo a bancos. Vinte
e nove pessoas foram presas.
A ação de maior repercussão foi
a que gerou a prisão de 15 integrantes da suposta máfia dos
combustíveis. Entre os detidos,
estão policiais e fiscais de órgãos
públicos. Com um lucro mensal
estimado em R$ 3,6 milhões, o
grupo tinha ramificações em pelo
menos três Estados -Rio de Janeiro, Bahia e Espírito Santo.
Em outra ação, forças-tarefas lideradas pela PF e criadas para
combater fraudes na Previdência
prenderam sete pessoas em Pernambuco e anunciaram a descoberta de uma quadrilha que agia
na Bahia, responsável pelo desvio
de ao menos R$ 2 milhões do Instituto Nacional do Seguro Social.
A terceira operação da PF foi
deflagrada anteontem perto de
Brasília, em Cristalina (GO). Uma
quadrilha especializada em roubo
de bancos foi presa. A suspeita é
que ela tenha ligação com o assassinato de três fiscais do Trabalho
em Unaí (MG), que investigavam
trabalho escravo na região. Unaí
fica próximo a Cristalina.
O governo nega que essas ações
façam parte de um movimento
articulado. Argumenta que eram
operações que já estavam em curso. Segundo a oposição, porém,
elas acabam ajudando a passar a
imagem que o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva tem tentado
difundir nos últimos dias: a de um
governo em ritmo acelerado, que
não estaria parado diante da crise
política desencadeada pelo caso
Waldomiro Diniz -ex-assessor
da Casa Civil flagrado em gravação de 2002 pedindo propina.
Batizada no próprio governo de
"agenda positiva", esse conjunto
de ações governamentais tem sido anunciado a cada dia pelo presidente e seus ministros.
Ouvidos pela Folha, policiais federais que organizaram as operações disseram que, desde a semana passada, discutiram formas de
rever o cronograma das ações por
conta da greve da categoria, cujo
início está previsto para o dia 9.
Ontem, Lula divulgou as medidas de um pacote habitacional já
anunciado desde segunda. Segundo o presidente, o pacote permitirá a criação de 1,4 milhão de empregos. Anteontem, ele já havia
anunciado verbas para duplicação de estradas e medidas para
desburocratizar as exportações.
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