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São Paulo, sábado, 05 de abril de 2003

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Justiça intima ex-secretário a apresentar defesa

DA REPORTAGEM LOCAL

O juiz da 1ª Vara Criminal de Santo André, Iasin Issa Ahmed, mandou intimar o ex-secretário e vereador Klinger Luiz de Oliveira Souza (PT) para que ele se defenda das acusações por suposto crime de concussão (auferir vantagem indevida no exercício de cargo público) e formação de quadrilha, como sustenta o Ministério Público.
Além do petista, serão intimados ainda mais cinco empresários: Sérgio Gomes da Silva, Ronan Maria Pinto, Irineu Nicolino Martin Bianco, Humberto Tarcisio de Castro e Luiz Marcondes de Freitas Júnior.
Todos são apontados pelo Ministério Público como os autores de um suposto esquema de cobrança de propina que usava a Prefeitura de Santo André para extorquir dinheiro de empresários da cidade.
O vereador e os cinco empresários refutam as acusações.
As primeiras denúncias surgiram uma semana após o assassinato do prefeito Celso Daniel (PT). Um dos empresários citados na ação da Promotoria, Sérgio Gomes, estava no carro com o prefeito no momento do sequestro.

Segunda vez
Há cerca de um ano, a mesma denúncia contra o vereador e os cinco empresários já havia sido apresentada à Justiça pela Promotoria criminal de Santo André. Na época, a ação foi acolhida pelo juiz Ahmed em primeira instância.
Em novembro do ano passado, entretanto, após recurso dos investigados, a denúncia foi anulada pelo TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo (segunda instância). O TJ determinou aos promotores que ouvissem todos os investigados antes de a acusação formal ser reapresentada à Justiça.
O prazo de 15 dias concedido pelo juiz para que todos os investigados apresentem uma defesa prévia (por escrito) é uma prerrogativa de Klinger como servidor público e que foi estendida aos demais.
Os empresários citados na denúncia informaram, por meio de seus advogados, que as acusações são falsas e que os promotores do caso carecem de provas concretas.
Segundo eles, as principais provas que a Promotoria diz ter são testemunhais. Eles alegam ainda que estão sendo prejudicados por interesses políticos e econômicos locais.


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