São Paulo, sábado, 05 de abril de 2008

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Jungmann explica gasto com massagem de período em que foi ministro de FHC

MARIA CLARA CABRAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) divulgou ontem os seus gastos com as chamadas contas tipo B no período em que ocupou o Ministério do Desenvolvimento Agrário na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Entre 1998, data em que começam as investigações da CPI dos Cartões, e abril de 2002, quando o deputado deixou a pasta, seu gasto total foi de cerca de R$ 80 mil -ou quase R$ 1.500 por mês.
Entre os documentos apresentados ontem por Jungmann está uma nota de R$ 60 referente a uma massagem feita no hotel Othon Palace, no Rio, em dezembro de 2001. O deputado admitiu o gasto, mas disse que o serviço foi emergencial devido a uma forte dor na coluna.
As despesas com as contas tipo B também incluem cerca de R$ 15,5 mil com restaurantes, a maioria deles em Brasília.
Todas as notas do deputado foram aprovadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União). Jungmann argumenta que as despesas foram para alimentação entregues no gabinete durante horários de trabalho.
Os documentos disponibilizados pelo ex-ministro também mostram compras de pelo menos quatro garrafas de vinho, que somam cerca de R$ 200. Além disso, ele realizou também compras peculiares, como uma coalhada natural na mercearia La Palma, considerada de alto padrão, e seis pipocas de microondas (R$ 0,81 cada uma) em um supermercado, ambos em Brasília. Há ainda uma compra de R$ 118 referente a 20 ofertas do McDonald's.
Dentre os R$ 80 mil gastos quando ministro, Jungmann usou grande parte do dinheiro com hotéis, o que é autorizado pela União. O deputado, no entanto, chegou a se hospedar em dois hotéis no mesmo dia, sendo um em cada cidade.


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