|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Jungmann explica gasto com massagem de período em que foi ministro de FHC
MARIA CLARA CABRAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O deputado Raul Jungmann
(PPS-PE) divulgou ontem os
seus gastos com as chamadas
contas tipo B no período em
que ocupou o Ministério do Desenvolvimento Agrário na gestão do ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso. Entre 1998,
data em que começam as investigações da CPI dos Cartões, e
abril de 2002, quando o deputado deixou a pasta, seu gasto
total foi de cerca de R$ 80 mil
-ou quase R$ 1.500 por mês.
Entre os documentos apresentados ontem por Jungmann
está uma nota de R$ 60 referente a uma massagem feita no
hotel Othon Palace, no Rio, em
dezembro de 2001. O deputado
admitiu o gasto, mas disse que o
serviço foi emergencial devido
a uma forte dor na coluna.
As despesas com as contas tipo B também incluem cerca de
R$ 15,5 mil com restaurantes, a
maioria deles em Brasília.
Todas as notas do deputado
foram aprovadas pelo TCU
(Tribunal de Contas da União).
Jungmann argumenta que as
despesas foram para alimentação entregues no gabinete durante horários de trabalho.
Os documentos disponibilizados pelo ex-ministro também mostram compras de pelo
menos quatro garrafas de vinho, que somam cerca de
R$ 200. Além disso, ele realizou
também compras peculiares,
como uma coalhada natural na
mercearia La Palma, considerada de alto padrão, e seis pipocas de microondas (R$ 0,81 cada uma) em um supermercado,
ambos em Brasília. Há ainda
uma compra de R$ 118 referente a 20 ofertas do McDonald's.
Dentre os R$ 80 mil gastos
quando ministro, Jungmann
usou grande parte do dinheiro
com hotéis, o que é autorizado
pela União. O deputado, no entanto, chegou a se hospedar em
dois hotéis no mesmo dia, sendo um em cada cidade.
Texto Anterior: Arcebispo diz que se dossiê for verdadeiro, é "muita maldade" Próximo Texto: "Dossiê é conceito, não fato determinado", afirma Tarso Índice
|