da Reportagem Local

O Tribunal de Contas do Município de São Paulo determinou ontem a anulação da concorrência aberta pela SPTrans, que definiria a empresa responsável pela fiscalização eletrônica dos transportes públicos, e apontou indícios de superfaturamento.
O relatório do TCM, publicado ontem no "Diário Oficial" do município, contesta o valor estimado no edital, de R$ 36 milhões, e alegou que R$ 6 milhões seriam suficientes para a implantação do sistema, segundo estudo da Fundação para o Desenvolvimento da Tecnologia e Engenharia.
O objetivo da concorrência é contratar uma empresa que controle, eletronicamente, o itinerário dos ônibus municipais.
O TCM questionou ainda o valor de um dos equipamentos necessários para esse controle, o GPS. No edital, ele foi avaliado por R$ 1.100 e, segundo técnicos do tribunal, o mesmo equipamento poderia ser comprado por R$ 500.
O TCM concedeu um prazo de dez dias -a contar da publicação oficial- para que a SPTrans refaça a concorrência ou decrete sua nulidade.
A assessoria da SPTrans informou que a decisão do TCM surpreendeu e a empresa foi recorrer da decisão.
De acordo com a assessoria de imprensa, não houve superfaturamento na concorrência. A empresa informou que os técnicos consultados pelo TCM não calcularam o custo total da implantação do sistema eletrônico. (LC)


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