São Paulo, sexta-feira, 05 de maio de 2000


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Ministério Público vai apurar 2 contratos do flat do prefeito

LILIAN CHRISTOFOLETTI
da Reportagem Local

O Ministério Público do Estado de São Paulo concedeu ontem um prazo de dez dias para que a proprietária do flat alugado pelo prefeito paulistano, Celso Pitta (PTN), entregue os dois contratos de locação do imóvel.
O objetivo é confirmar quanto o prefeito paga para morar, há cerca de um ano, no Sutton House, localizado em Moema -bairro nobre na zona sul de São Paulo.
A proprietária do flat, Mônica Lopes Gabriotti, informou que o prefeito, durante um ano, pagou R$ 1.500 de aluguel, além do condomínio (R$ 937) e do IPTU (R$ 176). Segundo ela, recentemente, o contrato foi renovado, e o aluguel passou para R$ 2.000.
Segundo corretores responsáveis pela aluguel do flat, o preço normal do aluguel no Sutton House varia de R$ 3.500 a R$ 4.000 mensais.
Desde junho de 97, o prefeito está com os bens bloqueados e, na prefeitura, seu salário é de R$ 6.000.
A ação do Ministério Público é baseada em uma reportagem da Folha, publicada em janeiro deste ano. Na época, a assessoria do prefeito não quis mostrar o contrato argumentando tratar-se de uma questão pessoal.
O promotor Saad Mazloum, responsável pelo inquérito, ouviu ainda o ex-proprietário do flat José Manoel Alves. Ele vendeu o imóvel para Mônica por R$ 95 mil -o valor de mercado seria de R$ 175 mil.
Alves informou ainda que não tinha comprador e tinha interesse em se desfazer do imóvel.
O flat alugado pelo prefeito tem 120 metros quadrados, é mobiliado e tem quatro quartos.
A assessoria de Pitta informou que os custos do flat são pagos por meio dos empréstimos feitos pelo empresário Jorge Yunes, no valor total de R$ 800 mil.


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