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Ministério Público vai apurar
2 contratos do flat do prefeito
LILIAN CHRISTOFOLETTI
da Reportagem Local
O Ministério Público do Estado
de São Paulo concedeu ontem um
prazo de dez dias para que a proprietária do flat alugado pelo prefeito paulistano, Celso Pitta
(PTN), entregue os dois contratos
de locação do imóvel.
O objetivo é confirmar quanto o
prefeito paga para morar, há cerca de um ano, no Sutton House,
localizado em Moema -bairro
nobre na zona sul de São Paulo.
A proprietária do flat, Mônica
Lopes Gabriotti, informou que o
prefeito, durante um ano, pagou
R$ 1.500 de aluguel, além do condomínio (R$ 937) e do IPTU (R$
176). Segundo ela, recentemente,
o contrato foi renovado, e o aluguel passou para R$ 2.000.
Segundo corretores responsáveis pela aluguel do flat, o preço
normal do aluguel no Sutton
House varia de R$ 3.500 a R$
4.000 mensais.
Desde junho de 97, o prefeito está com os bens bloqueados e, na
prefeitura, seu salário é de R$
6.000.
A ação do Ministério Público é
baseada em uma reportagem da
Folha, publicada em janeiro deste
ano. Na época, a assessoria do
prefeito não quis mostrar o contrato argumentando tratar-se de
uma questão pessoal.
O promotor Saad Mazloum,
responsável pelo inquérito, ouviu
ainda o ex-proprietário do flat José Manoel Alves. Ele vendeu o
imóvel para Mônica por R$ 95 mil
-o valor de mercado seria de R$
175 mil.
Alves informou ainda que não
tinha comprador e tinha interesse
em se desfazer do imóvel.
O flat alugado pelo prefeito tem
120 metros quadrados, é mobiliado e tem quatro quartos.
A assessoria de Pitta informou
que os custos do flat são pagos por
meio dos empréstimos feitos pelo
empresário Jorge Yunes, no valor
total de R$ 800 mil.
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