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Correntes se
enfrentam em
clima de futebol
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Em clima de torcida de futebol,
militantes das correntes que compõem a CUT se enfrentaram ontem, durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao 8º
Congresso Nacional da central,
como numa final de campeonato.
Liderada pelo presidente do
PSTU, José Maria de Almeida, a
oposição à direção da central pedia autonomia em relação ao governo, com o grito histórico de
que "a CUT é do peão, não é um
aparelho da Articulação".
Corrente majoritária dentro da
central, a Articulação Sindical deve eleger Luiz Marinho como presidente da CUT no sábado, uma
vez que detém a maioria dos votos
dos delegados do congresso.
Em resposta ao PSTU, militantes da Articulação retrucavam,
avisando que "pequenininha, pequenininha, a oposição cabe dentro de um fusquinha".
Foi nesse clima que o presidente
chegou ao microfone: com a tarefa de um juiz que apita um clássico entre Fla x Flu, para os cariocas, ou entre Corinthians x Palmeiras, para os paulistas.
Mesmo minoria, as correntes ligadas à esquerda fizeram barulho
enquanto pediam suspensão do
pagamento da dívida externa e
rompimento do acordo com o
FMI. "O que falta ao governo é ter
disposição para romper com essa
política econômica que traz lucros recordes aos bancos, desemprego a 12 milhões de trabalhadores e coloca mais de 50 milhões de
brasileiros abaixo da linha de pobreza", disse Almeida.
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