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CONGRESSO
Para Tebet, presidente da comissão que investiga o Judiciário, quem impede investigação tem algo a esconder
Senador pede que STF deixe CPI trabalhar
da Sucursal de Brasília
O presidente da CPI do Judiciário, senador Ramez Tebet (PMDB-MS), disse temer que o Supremo
Tribunal Federal esteja tentando
impedir o trabalho das comissões
de investigação do Congresso. O
ministro Celso de Mello, do STF,
concedeu na quarta-feira liminar
limitando a atuação das CPIs.
"O Judiciário deveria apenas deixar que a CPI trabalhe. Os que não
querem deixar que a CPI apure fatos é porque têm algo a esconder",
afirmou Tebet. "Tenho receio de
que eles (os ministros do STF) tenham invadido uma atribuição
nossa, dando liminar sobre o que é
da competência da CPI."
A decisão do STF, que afeta todas
as CPIs em andamento -dos Bancos e do Judiciário, no Senado, e do
Narcotráfico, da Borracha e da Funai, na Câmara-, foi tomada a
partir da queixa de um dos investigados pela CPI dos Bancos.
O advogado do Banco Marka
Luiz Carlos Barretti Junior pediu, e
conseguiu, decisão liminar contrária à busca e apreensão e à quebra
de sigilos bancário, telefônico e fiscal decretadas pela CPI contra ele.
Segundo Celso de Mello, as CPIs
não têm competência para quebrar sigilo sem fundamentação ou
adotar medidas que, constitucionalmente, são exclusivas de juízes,
como busca domiciliar, indisponibilidade de bens ou grampo.
Para Tebet, o investigado por
uma CPI tem de deixar quebrar
seus sigilos. "Até por que sou contra o sigilo bancário e fiscal de toda
autoridade", disse. Ele só tem dúvidas quanto ao poder de uma CPI
para decidir sobre busca e apreensão domiciliar, que, constitucionalmente, é medida exclusiva de
juízes. "Isso tem de ser analisado."
A maior preocupação dos senadores é com as limitações do STF
para a quebra de sigilos por uma
CPI. Para Saturnino Braga (PSB-RJ), "se a CPI não puder investigar,
é claro que vai dar em pizza".
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