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Empresária diz
desconhecer
quem faz troco
DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA
Mulher de Ronan Maria Pinto e
presidente há dois anos da Aesa
(Associação das Empresas do Sistema de Transporte Coletivo de
Santo André), a empresária Teresinha Fernandes Soares Pinto declarou ontem à CPI de Santo André que não tem conhecimento de
quais funcionários da associação
fazem a conferência do dinheiro
retirado semanalmente das empresas de transporte da cidade.
Segundo ela, que também é sócia majoritária das empresas
Guaianases e Curuçá, a Aesa tem
o hábito de recolher dinheiro
graúdo das empresas para trocar
por miúdos, assim como fazem
"feirantes, donos de padarias e
comerciantes da região". Os "trocados" serviriam para ajudar na
venda de passes de ônibus.
Mesmo na condição de presidente da Aesa, Teresinha não soube explicar porque o gerente da
associação, Luiz Marcondes de
Freitas Júnior, que depôs anteontem à CPI, tinha o hábito de coletar sozinho de empresas quantias
que giravam em torno de R$ 30
mil para serem levadas à sede da
associação.
O deputado federal Duílio Pisaneschi (PTB-SP), ainda sócio dos
Gabrilli em imóveis e numa empresa de fretamento, disse à CPI
que foi ameaçado em 98 "meia
dúzia de vezes" para vender suas
ações da Viação São José.
"Como eu sou da oposição, quiseram que eu deixasse a empresa
para não denunciar essas supostas propinas. Eu não ficaria calado
[se soubesse de algo]."
(LA e EDS)
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