São Paulo, sexta-feira, 05 de julho de 2002

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Empresária diz desconhecer quem faz troco

DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA

Mulher de Ronan Maria Pinto e presidente há dois anos da Aesa (Associação das Empresas do Sistema de Transporte Coletivo de Santo André), a empresária Teresinha Fernandes Soares Pinto declarou ontem à CPI de Santo André que não tem conhecimento de quais funcionários da associação fazem a conferência do dinheiro retirado semanalmente das empresas de transporte da cidade.
Segundo ela, que também é sócia majoritária das empresas Guaianases e Curuçá, a Aesa tem o hábito de recolher dinheiro graúdo das empresas para trocar por miúdos, assim como fazem "feirantes, donos de padarias e comerciantes da região". Os "trocados" serviriam para ajudar na venda de passes de ônibus.
Mesmo na condição de presidente da Aesa, Teresinha não soube explicar porque o gerente da associação, Luiz Marcondes de Freitas Júnior, que depôs anteontem à CPI, tinha o hábito de coletar sozinho de empresas quantias que giravam em torno de R$ 30 mil para serem levadas à sede da associação.
O deputado federal Duílio Pisaneschi (PTB-SP), ainda sócio dos Gabrilli em imóveis e numa empresa de fretamento, disse à CPI que foi ameaçado em 98 "meia dúzia de vezes" para vender suas ações da Viação São José.
"Como eu sou da oposição, quiseram que eu deixasse a empresa para não denunciar essas supostas propinas. Eu não ficaria calado [se soubesse de algo]." (LA e EDS)



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