São Paulo, sexta-feira, 05 de julho de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FHC foi ouvido 2 vezes antes de decisão

DIRETORA DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso foi consultado duas vezes pelo ministro da Justiça, Miguel Reale Jr., antes da decisão favorável à intervenção no Espírito Santo. Nas duas, FHC reagiu com a mesma frase: "De acordo. Faça-se o que tem que ser feito".
A primeira consulta ocorreu na terça. A segunda, na quarta à noite, quando o ministro já estava convencido de que a decisão do CDDPH (Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana) seria pela intervenção.
O governo, porém, tentou ser cauteloso. Em vez de optar pelo argumento de "manutenção da ordem pública", preferiu o de "garantia dos direitos humanos". No primeiro caso, a decisão seria praticamente solitária do presidente. No segundo, que prevaleceu, a decisão passa pela Procuradoria Geral e pelo Judiciário, dividindo responsabilidades.
Reale Jr. disse à Folha que a intervenção "responde a uma necessidade interna, porque a situação no Estado é realmente crítica, e a uma pressão externa, porque o Brasil é réu em organismos internacionais por causa do Espírito Santo". (ELIANE CANTANHÊDE)



Texto Anterior: Chance de medida ser aprovada no Supremo é remota
Próximo Texto: Saiba Mais: Denúncias incluem corrupção, crime organizado e mortes
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.